São Paulo, segunda-feira, 25 de julho de 2011

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BÚSSOLA

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Começo a construir agora ou espero ter todo o dinheiro daqui a três ano?

G. B., de Sumaré - SP

RESPOSTA DO PROFESSOR DO INSPER JOSÉ LUIZ ROSSI - No seu caso, é muito importante que você faça uma programação correta. Um erro poderá representar a paralisação da obra e um custo final maior do que o desejado.
Dessa maneira, seria muito arriscado começar a obra agora e utilizar seu salário para realizar o fluxo de pagamentos desejado para a continuação da empreitada.
Qualquer eventualidade para a qual você necessite de fundos poderá levar a um atraso na obra.
Por isso, você deve optar por investir o dinheiro e iniciar a obra no futuro, quando tiver mais recursos para realizar a construção. Uma vantagem adicional é que com um volume maior de recursos você poderá obter vantagens na compra do material de construção e na contratação de pessoal, o que representará redução de custos ao final da obra.
Você deve optar por investimentos de baixo risco, como fundos de renda fixa, CDB ou DI.
Esses fundos apresentam baixo grau de risco e boa perspectiva de ganho nos próximos meses, já que o Banco Central vem aumentando a taxa básica de juros, a Selic ""na quarta-feira passada, a taxa passou de 12,25% para 12,5%.
Outra opção seria investir diretamente em títulos do governo, através do Tesouro Direto. Nesse caso, você deve preferir títulos remunerados pela Selic ou por algum índice de preços.
Não há perspectiva de baixa no mercado imobiliário, mas talvez ocorra uma estabilização dos preços.
Aliado à expansão do crédito imobiliário, o crescimento acentuado da economia gerou um boom no setor nos últimos anos e a consequente elevação no preço dos imóveis.
Embora não se espere um crescimento tão vertiginoso nos próximos anos, não há nenhum sinal de que haverá queda nos preços do mercado imobiliário.

AUTÔNOMO
Qual a melhor aplicação para um autônomo que pode guardar até R$ 500 por mês?
G.A.S, de Belo Horizonte (MG)

RESPOSTA - A diversificação é a melhor maneira de obter os melhores rendimentos com menor risco. Inicialmente, você deve começar com a poupança, que não tem aplicação mínima. À medida que acumular mais dinheiro, poderá fazer outros investimentos. A proporção em cada um dependerá de sua disposição para assumir riscos. Pessoas avessas a perdas devem colocar uma proporção maior na poupança e em renda fixa. Os mais arrojados podem investir uma proporção maior em ações.

POUPANÇA X AÇÕES
Tenho dois tipos de aplicação: poupança e fundo de ações. O fundo não foi bem no primeiro semestre. Devo aplicar mais na poupança?
D.A.V., de Cosmópolis (SP)

RESPOSTA - Os fundos de ações decepcionaram. Mais do que os resultados das empresas, as incertezas na economia brasileira e mundial afugentaram os investidores. No âmbito doméstico, a resposta do BC em relação ao aumento da inflação tornou as expectativas mais instáveis. No lado externo, a falta de solução para a crise da dívida na Europa e nos EUA aumentou as incertezas e o pessimismo.
Essas dúvidas devem permanecer neste semestre, gerando muita instabilidade e um cenário sem boas perspectivas no curto prazo.
Lembre-se de que o aumento da inflação e dos juros fez com que a poupança apresentasse menor rentabilidade. O ideal é aumentar a diversificação. Você deve continuar aplicando em ações, já que o investimento deve ter um horizonte mais longo, reduzindo a importância de resultados no curto prazo. O ideal seria diversificar mais com fundos de renda fixa.

EU INVISTO EM

"Tenho síndrome de pobre e adoro escritura definitiva. Gosto de imóvel e de coisas que eu possa pegar. O resto invisto em prazer: viagens, hotéis"
Alicinha Cavalcanti, promoter


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