São Paulo, terça-feira, 25 de outubro de 2011

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Acaba greve de aeroportuário em Viracopos

Sindicato insiste em trégua para negociar com governo estabilidade pós-concessão

AGNALDO BRITO
DE SÃO PAULO

A greve dos funcionários da Infraero no Aeroporto Internacional de Viracopos, localizado em Campinas (SP), foi suspensa depois de uma nova assembleia.
O movimento havia sido deflagrado na quinta-feira passada em protesto contra a decisão do governo de conceder à iniciativa privada esse e mais dois aeroportos -de Brasília e de Guarulhos, na Grande São Paulo. Na sexta-feira, o Sina (Sindicato Nacional dos Aeroportuários) convenceu a categoria a voltar a trabalhar nos aeroportos de Brasília e Cumbica, mas não em Viracapos.
Em Campinas, o movimento afetou a importação e exportação de produtos manufaturados. A indústria foi o grande alvo dos grevistas. Somente na quinta e na sexta-feira, 1.600 toneladas de carga não foram movimentadas.
No sábado, a categoria foi intimada a cumprir decisão judicial que exigia efetivo de 50% nas operações. Segundo o presidente do Sina, Francisco Lemos, a decisão de interromper o movimento e aguardar a discussão com o governo depois de amanhã não foi unânime: "20% dos aeroportuários votaram pela manutenção da greve. Foi a decisão do comando de greve de permanecer no aeroporto no fim de semana e conversar com trabalhadores que surtiu efeito".

RACHA
O Sina insistiu na ideia de aceitar a trégua pedida pelo governo. Uma parte da categoria não quer a concessão dos aeroportos. Outra quer negociar a estabilidade.
O governo oferece 12 meses de estabilidade. O sindicato disse que vai negociar prazos de até dez anos. A suspensão da greve impôs um novo desafio ao Sina: transformar essa trégua obtida com muita dificuldade em resultado prático. É difícil mensurar qual pode ser a reação da categoria, inclusive prever os efeitos sobre os usuários. A aviação comercial não enfrentou grandes problemas na mobilização.
Nas assembleias de Cumbica e Viracopos, ficou claro o descontentamento de parte da categoria.


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