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Serviço com
alta inovação é opção para setor
DE SÃO PAULO
Diante das instabilidades
trazidas com o real valorizado, integrantes do setor sugerem que o Brasil passe a
ser fornecedor de serviços
completos de tecnologia.
"Faria muito mais sentido se o Brasil assumisse um
papel semelhante ao de Israel ou Irlanda, que desenvolvem serviços com alto
grau de inovação", diz Ruben Delgado, da Assesspro
Nacional (Associação das
Empresas Brasileiras de
Tecnologia da Informação).
Alguns empresários já
começam a adotar essa tática. Com presença em 17 países, a Stefanini IT Solutions
viu no fornecimento de serviços mais completos uma
possibilidade de cobrar um
pouco a mais pelas ofertas.
"Em vez de operar apenas como fábrica de software, estamos criando centros
de competência, em que
nossos funcionários interagem com o negócio do cliente. Assim podemos, de fato,
cobrar a mais por isso", diz
Marco Stefanini, presidente
da companhia, que vai faturar R$ 820 milhões neste
ano -20% de exportações.
FORÇA DE TRABALHO
Apesar das aspirações internacionais, o Brasil tem
hoje deficit de mão de obra.
Segundo a Brasscom, há
1,7 milhão de profissionais
do setor. O número anual de
formados chega a 90 mil,
mas ainda existe deficit de
80 mil especialistas.
"Até 2020, precisamos de
mais 750 mil pessoas", diz
Antonio Gil, da Brasscom.
Segundo Gil, na agenda
de prioridades que devem
ser enviadas ao próximo governo estão o incentivo à
formação de mão de obra
especializada e a desoneração da folha de pagamento.
Atualmente, os encargos
trabalhistas atingem 36%
da folha de pagamento, e a
reivindicação é que a taxação seja proporcional ao faturamento da empresa. Para os especialistas, essa seria uma forma de reduzir as
disparidades com os custos
de serviços prestados por
outros países.
(CF)
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