São Paulo, quinta-feira, 25 de novembro de 2010

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Serviço com alta inovação é opção para setor

DE SÃO PAULO

Diante das instabilidades trazidas com o real valorizado, integrantes do setor sugerem que o Brasil passe a ser fornecedor de serviços completos de tecnologia.
"Faria muito mais sentido se o Brasil assumisse um papel semelhante ao de Israel ou Irlanda, que desenvolvem serviços com alto grau de inovação", diz Ruben Delgado, da Assesspro Nacional (Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação).
Alguns empresários já começam a adotar essa tática. Com presença em 17 países, a Stefanini IT Solutions viu no fornecimento de serviços mais completos uma possibilidade de cobrar um pouco a mais pelas ofertas.
"Em vez de operar apenas como fábrica de software, estamos criando centros de competência, em que nossos funcionários interagem com o negócio do cliente. Assim podemos, de fato, cobrar a mais por isso", diz Marco Stefanini, presidente da companhia, que vai faturar R$ 820 milhões neste ano -20% de exportações.

FORÇA DE TRABALHO
Apesar das aspirações internacionais, o Brasil tem hoje deficit de mão de obra.
Segundo a Brasscom, há 1,7 milhão de profissionais do setor. O número anual de formados chega a 90 mil, mas ainda existe deficit de 80 mil especialistas.
"Até 2020, precisamos de mais 750 mil pessoas", diz Antonio Gil, da Brasscom.
Segundo Gil, na agenda de prioridades que devem ser enviadas ao próximo governo estão o incentivo à formação de mão de obra especializada e a desoneração da folha de pagamento.
Atualmente, os encargos trabalhistas atingem 36% da folha de pagamento, e a reivindicação é que a taxação seja proporcional ao faturamento da empresa. Para os especialistas, essa seria uma forma de reduzir as disparidades com os custos de serviços prestados por outros países. (CF)


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