São Paulo, domingo, 27 de março de 2011

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OUTRO LADO

Imprensa distorceu queixas, diz consórcio

Executivo de Jirau afirma que obras são monitoradas por auditores internos, fiscais e trabalhadores

DO ENVIADO A PORTO VELHO

Victor Paranhos, presidente do consórcio Energia Sustentável, responsável por Jirau, disse à Folha que muitas das queixas dos trabalhadores da usina foram descritas de "forma distorcida" pela imprensa.
"A questão das horas extras, por exemplo. Pelo que saiu nos jornais, parecia que o cara fez hora extra e não recebeu. E isso não é verdade."
O que os trabalhadores queriam, de acordo com o diretor, era a possibilidade de trabalhar mais do que o limite de 40 horas extras mensais previstas em lei.
"Em todas as obras, barrageiro [como é chamado esse tipo de trabalhador] vai para ganhar dinheiro. Então ele quer ficar aqui no domingo fazendo o quê? Horas extras, para ganhar mais. Mas existe o limite previsto na lei."
Paranhos disse que as obras da usina de Jirau são acompanhadas não apenas por auditorias internas e a fiscalização de órgãos públicos mas também pelos próprios trabalhadores e seus telefones celulares.
"A Vivo vendeu 30 mil celulares na região. Se você buscar no YouTube por "Jirau", o que aparece de foto e vídeo de peão tirados aqui é uma grandeza", disse.
Segundo Paranhos, a obra passa por auditoria interna a cada três meses, a última foi em outubro, afirmou.

FISCALIZAÇÃO
Em novembro e março, segundo ele, a obra recebeu a visita de equipes técnicas do Ministério de Minas e Energia, que avaliaram o status da obra e o andamento de programas sociais. Em dezembro, houve fiscalização do Ministério do Trabalho.
"Não falta fiscalização, nem nossa como empreendedores, nem das autoridades, nem do ministério, nem da Aneel", afirmou.
Paranhos voltou a cobrar que o governo federal forneça segurança a obras privadas de grande porte. Jirau está sob a guarda de 160 homens da Força Nacional.
"A Camargo tem segurança patrimonial. Se ela apanhar um sujeito com crack, não tem o direito de prender a pessoa. Perde-se o flagrante e você não consegue cortar o tráfico", disse.
(RV)


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