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Copa faz governo cortar tarifa de latinhas
Importação é saída para gargalo na produção local
EDUARDO RODRIGUES
DE BRASÍLIA
Faltando 15 dias para o início da Copa do Mundo, o aumento do consumo de bebidas levou o governo a reduzir
as tarifas de importação de
latinhas de alumínio e rótulos de papel para garrafas.
Com o crescimento das encomendas desde o início do
ano, a indústria nacional já
se via diante de um gargalo.
Pelo cálculos da Camex
(Câmara de Comércio Exterior), a expansão do consumo de cervejas e refrigerantes deve chegar a 15% no primeiro semestre deste ano.
Além do tradicional empurrão nas vendas por causa
do mundial de futebol, o verão mais quente e o maior poder aquisitivo dos consumidores sobrecarregaram a indústria de embalagens.
Por isso, a pedido das próprias empresas do setor, a
Camex reduziu de 14% para
2% a alíquota de importação
de rótulos de papel.
"Trata-se de um tipo de papel bem específico, que não
se produz em escala no Brasil", afirmou a secretária-executiva da Camex, Lytha
Spíndola.
Para as latinhas de alumínio, o corte na tarifa foi de
16% para 2%. Em ambos os
casos, a tributação reduzida
tem caráter provisório, com
duração de seis meses.
Também ontem, a Camex
decidiu aplicar um direito
móvel de antidumping (prática desleal de comércio) sobre a importação de glifosato
chinês, presente nos herbicidas que acompanham a soja
transgênica.
Pela decisão, sempre que o
preço do produto importado
for inferior a US$ 3,60 por
quilo, haverá sobretaxação
equivalente à diferença. Por
exemplo, um lote importado
a US$ 3 pagará US$ 0,60 de
direito antidumping.
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