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OCDE eleva projeção de crescimento, mas vê risco
Entidade prevê expansão de 2,7% do PIB entre seus 31 países-membros
Previsão anterior era de 1,9%; relatório aponta dados "estimulantes" na economia real e diz que Brasil cresce 6,5%
LUCIANA COELHO
DE GENEBRA
A recuperação da economia mundial vai melhor do
que o esperado pela OCDE, e
o PIB dos 31 países-membros
deve crescer em média 2,7%
no ano, acima do 1,9% que
previra há seis meses.
Em 2011, o avanço deve
chegar a 2,8%. Todas as previsões foram revistas para cima. Mas os riscos à espreita
também aumentaram, alerta
a organização para cooperação econômica. O maior deles é a crise da dívida soberana -a dificuldade, especialmente dos europeus, em refinanciar seus títulos.
"As turbulências mostraram a necessidade de as economias europeias fortalecerem sua arquitetura institucional e operacional para dissipar dúvidas sobre a viabilidade, no longo prazo, da
união monetária", disse o secretário-geral da OCDE (Organização para a Cooperação
e o Desenvolvimento Econômico), Angel Gurría.
"Nos últimos seis meses,
houve desdobramentos estimulantes na economia real",
disse, ao apresentar o relatório semestral de projeções.
A inflação deve chegar a
1,6% neste ano, um ponto a
mais do que em 2009, e resistir em 1,3% no ano que vem.
Segundo a OCDE, o Brasil
deve estourar a meta de inflação e ir a 6,2%. Cita a expansão da economia, impulsionada pela demanda doméstica, "amparada em uma política maciça de estímulos".
Por isso, a OCDE espera
que, com a retirada paulatina
dessas medidas e a elevação
dos juros, a demanda perca
fôlego nos próximos trimestres. "Os estímulos que restam devem ser retirados logo", diz o relatório.
A organização prevê que o
Brasil crescerá 6,5% neste
ano e 5% no ano que vem.
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