São Paulo, sexta-feira, 27 de agosto de 2010

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Clima seco provoca quebra na safra de cana

TATIANA FREITAS
DE SÃO PAULO

O clima seco no centro-sul do país, principalmente em São Paulo, provocou uma quebra de 7% na safra 2010/11 de cana.
Segundo estimativa da Unica (que reúne a indústria do setor), 570 milhões de toneladas deverão ser moídas nesta temporada, ante potencial de 610 milhões de toneladas (volume de cana no campo no início da safra).
A previsão também representa uma queda de 4,3% ante a estimativa divulgada em abril, de 596 milhões de toneladas. Ainda assim, o volume é 5,3% superior ao total processado na safra 2009/10.
"Se não chover até o final de setembro, poderemos fazer uma nova revisão", diz Antonio de Padua Rodrigues, diretor da Unica.
Mas, se, por um lado, a seca resulta em menor volume de cana, por outro, beneficia a produtividade industrial, pois resulta em maior teor de açúcar na matéria-prima.
"Menos água na cana significa maior quantidade de açúcar", afirma Padua.
A qualidade do insumo, portanto, melhorou. O açúcar total recuperável por tonelada de cana deve ficar em 142 quilos nesta safra, ante 138 quilos por tonelada estimados anteriormente.
A produção de açúcar deve ficar em 34 milhões de toneladas, com queda de 1% ante a projeção de abril e crescimento de 18% em relação à safra passada.
Já a produção total de etanol deve atingir 26 bilhões de litros, retração de 3,7% em comparação à projeção de abril, porém 11% maior do que em 2009/10.
"A disponibilidade de etanol é compatível com a demanda", diz Padua, que descarta volatilidade de preços na entressafra.


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