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Clima seco provoca quebra na safra de cana
TATIANA FREITAS
DE SÃO PAULO
O clima seco no centro-sul do país, principalmente
em São Paulo, provocou
uma quebra de 7% na safra
2010/11 de cana.
Segundo estimativa da
Unica (que reúne a indústria do setor), 570 milhões
de toneladas deverão ser
moídas nesta temporada,
ante potencial de 610 milhões de toneladas (volume
de cana no campo no início
da safra).
A previsão também representa uma queda de
4,3% ante a estimativa divulgada em abril, de 596 milhões de toneladas. Ainda
assim, o volume é 5,3% superior ao total processado
na safra 2009/10.
"Se não chover até o final
de setembro, poderemos fazer uma nova revisão", diz
Antonio de Padua Rodrigues, diretor da Unica.
Mas, se, por um lado, a
seca resulta em menor volume de cana, por outro, beneficia a produtividade industrial, pois resulta em
maior teor de açúcar na matéria-prima.
"Menos água na cana significa maior quantidade de
açúcar", afirma Padua.
A qualidade do insumo,
portanto, melhorou. O açúcar total recuperável por tonelada de cana deve ficar
em 142 quilos nesta safra,
ante 138 quilos por tonelada
estimados anteriormente.
A produção de açúcar deve ficar em 34 milhões de toneladas, com queda de 1%
ante a projeção de abril e
crescimento de 18% em relação à safra passada.
Já a produção total de
etanol deve atingir 26 bilhões de litros, retração de
3,7% em comparação à projeção de abril, porém 11%
maior do que em 2009/10.
"A disponibilidade de
etanol é compatível com a
demanda", diz Padua, que
descarta volatilidade de
preços na entressafra.
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