São Paulo, sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

TV de tela grande lidera vendas no país

Queda de 20% nos preços fez aparelhos de 40 e 42 polegadas ultrapassarem as vendas de TVs de 32 polegadas

No primeiro semestre, TVs de LCD e LED somaram 4 milhões de unidades, à frente dos aparelhos de tubo

CAMILA FUSCO
DE SÃO PAULO

Os aparelhos de TV com telas entre 40 e 42 polegadas, assumiram, em julho, a liderança de vendas no país.
Segundo pesquisa da consultoria IT Data, obtida com exclusividade pela Folha, os modelos representaram 37% das 600 mil TVs de LED e LCD vendidas no mês passado. Essa é a primeira vez que a categoria ultrapassa as TVs de 32 polegadas, até então o carro-chefe das vendas no país, e que somaram 32%.
"O consumidor está mais exigente e a queda de preço favorece a procura por esses aparelhos", diz Ivair Rodrigues, sócio da IT Data.
Nos últimos seis meses, o preço médio das TVs de 40 ou 42 polegadas caiu 20%, de de R$ 3.000 para R$ 2.400.
Entre os fabricantes, existe a percepção de amadurecimento da demanda.
"As TVs de 32 polegadas são, em geral, a porta de entrada para o consumo dos aparelhos de tela fina. Com o declínio no preço dos modelos de altíssima definição (full HD), de 40 polegadas, a transição para um aparelho maior é natural", afirma Rafael Cintra, gerente sênior de TVs da Samsung.

TELA FINA
O estudo mostra também que, no primeiro semestre, as vendas de TVs com telas LCD e LED superaram, pela primeira vez, o volume de aparelhos de tubo (CRT).
De janeiro a julho, segundo a IT Data, foram 4 milhões de aparelhos de LED e LCD, frente a 2,5 milhões TVs de tubo.
Para o ano a expectativa é de 11 milhões de unidades, crescimento de 16% sobre 2009. Cerca de 60% serão TVs de LCD e LED.

INTERATIVIDADE
Ao mesmo tempo em que as telas finas crescem, as TVs digitais com interatividade patinam para emplacar no país. "A mobilização ainda é inicial", afirma Rodrigues, sobre as iniciativas de emissoras de TV, fabricantes de conversores e software.
O tema está sendo debatido nesta semana, na feira Broadcast & Cable que acontece em São Paulo.
"Fatores como a infraestrutura de banda larga, a produção de conteúdo serão determinantes para o amadurecimento", diz Charlie Lou, gerente de produto da americana Broadcom, fornecedora de chips de interatividade.

TENDÊNCIAS
Além dos aparelhos com conectividade, a expectativa é que as TVs com tela LED sejam maioria nos próximos quatro anos. A razão também é a redução no preço.
Desde janeiro, os aparelhos ficaram 34% mais baratos e, da média de R$ 5 mil, passaram a custar cerca de R$ 3,3 mil. A tendência é queda acentuada para os próximos anos.
Já as TVs 3D levarão mais tempo para amadurecer. "A produção ainda é limitada e com isso, o produto está caro", afirma Rodrigues.


Texto Anterior: Luiz Carlos Mendonça de Barros: Uma lição prática de economia
Próximo Texto: Toyota faz recall de 1,13 milhão de Corolla nos Estados Unidos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.