|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TV de tela grande lidera vendas no país
Queda de 20% nos preços fez aparelhos de 40 e 42 polegadas ultrapassarem as vendas de TVs de 32 polegadas
No primeiro semestre, TVs de LCD e LED somaram 4 milhões
de unidades, à frente
dos aparelhos de tubo
CAMILA FUSCO
DE SÃO PAULO
Os aparelhos de TV com telas entre 40 e 42 polegadas,
assumiram, em julho, a liderança de vendas no país.
Segundo pesquisa da consultoria IT Data, obtida com
exclusividade pela Folha, os
modelos representaram 37%
das 600 mil TVs de LED e
LCD vendidas no mês passado. Essa é a primeira vez que
a categoria ultrapassa as TVs
de 32 polegadas, até então o
carro-chefe das vendas no
país, e que somaram 32%.
"O consumidor está mais
exigente e a queda de preço
favorece a procura por esses
aparelhos", diz Ivair Rodrigues, sócio da IT Data.
Nos últimos seis meses, o
preço médio das TVs de 40
ou 42 polegadas caiu 20%, de
de R$ 3.000 para R$ 2.400.
Entre os fabricantes, existe
a percepção de amadurecimento da demanda.
"As TVs de 32 polegadas
são, em geral, a porta de entrada para o consumo dos
aparelhos de tela fina. Com o
declínio no preço dos modelos de altíssima definição
(full HD), de 40 polegadas, a
transição para um aparelho
maior é natural", afirma Rafael Cintra, gerente sênior de
TVs da Samsung.
TELA FINA
O estudo mostra também
que, no primeiro semestre, as
vendas de TVs com telas LCD
e LED superaram, pela primeira vez, o volume de aparelhos de tubo (CRT).
De janeiro a julho, segundo a IT Data, foram 4 milhões
de aparelhos de LED e LCD,
frente a 2,5 milhões TVs de
tubo.
Para o ano a expectativa é
de 11 milhões de unidades,
crescimento de 16% sobre
2009. Cerca de 60% serão
TVs de LCD e LED.
INTERATIVIDADE
Ao mesmo tempo em que
as telas finas crescem, as TVs
digitais com interatividade
patinam para emplacar no
país. "A mobilização ainda é
inicial", afirma Rodrigues,
sobre as iniciativas de emissoras de TV, fabricantes de
conversores e software.
O tema está sendo debatido nesta semana, na feira
Broadcast & Cable que acontece em São Paulo.
"Fatores como a infraestrutura de banda larga, a produção de conteúdo serão determinantes para o amadurecimento", diz Charlie Lou,
gerente de produto da americana Broadcom, fornecedora
de chips de interatividade.
TENDÊNCIAS
Além dos aparelhos com
conectividade, a expectativa
é que as TVs com tela LED sejam maioria nos próximos
quatro anos. A razão também
é a redução no preço.
Desde janeiro, os aparelhos ficaram 34% mais baratos e, da média de R$ 5 mil,
passaram a custar cerca de
R$ 3,3 mil. A tendência é queda acentuada para os próximos anos.
Já as TVs 3D levarão mais
tempo para amadurecer. "A
produção ainda é limitada e
com isso, o produto está caro", afirma Rodrigues.
Texto Anterior: Luiz Carlos Mendonça de Barros: Uma lição prática de economia Próximo Texto: Toyota faz recall de 1,13 milhão de Corolla nos Estados Unidos Índice
|