|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Porto brasileiro é dos piores da América do Sul, diz consultoria
Pesquisa será apresentada no Construbusiness 2010, na segunda
AGNALDO BRITO
DE SÃO PAULO
Estudo obtido com exclusividade pela Folha mostra
que os portos brasileiros têm
a pior avaliação na comparação com dez países da América do Sul.
A qualidade dos serviços
oferecidos pelos portos do
país só é melhor que a Venezuela. O trabalho foi feito pela LCA Consultores, que atribuiu notas de 1 a 7 para qualidade da infraestrutura.
A pesquisa foi encomendada pelo Deconcic/Fiesp
(Departamento da Indústria
da Construção da Federação
das Indústrias do Estado de
São Paulo). O levantamento
será apresentado na próxima
segunda-feira na abertura do
Construbusiness 2010, evento anual do setor.
Além de um diagnóstico
para o setor de infraestrutura, a entidade encomendou à
FGV (Fundação Getulio Vargas) um trabalho para avaliar
a situação do setor habitacional no Brasil. Como o trabalho anterior, os resultados serão apresentados no evento.
Além das notas para transporte aéreo, energia, ferrovia, rodovia e portos, a LCA
fez um levantamento completo de todas os projetos
com investimentos previstos
no Brasil.
A consultoria apurou que
o país deverá receber até 2022
cerca de R$ 850 bilhões em
recursos para ajustar a infraestrutura brasileira.
"Essa cifra pode ser maior,
mas foram considerados
apenas os investimentos com
projetos já definidos", diz
Manuel Rossito, diretor do
Deconcic e coordenador da
pesquisa por parte da Fiesp.
O setor com maior investimento apurado pela LCA será o de energia.
Até 2022, os aportes para o
setor atingiram R$ 385,4 bilhões, quase a totalidade capital aplicado pelo setor privado e por investidores com
recursos mistos (público e
privado). Isso representará,
segundo o trabalho, R$ 380
bilhões. O restante (R$ 5,4 bilhões) será investimento público.
A recuperação e a construção de estradas devem consumir R$ 200 milhões até
2022, e, no saneamento, o
aporte será de R$ 206 bilhões. Recursos que serão
usados para universalização
do saneamento.
A meta, explica, é atingir
cobertura nacional de 98%
no abastecimento de água,
93% em afastamento de esgoto e 92% de tratamento do
esgoto. Hoje, segundo o relatório, o Brasil tem 84% do
país com acesso à água encanada, 50% de coleta de esgoto e 43% de tratamento.
O trabalho será usado na
pauta de reivindicações do
setor da construção junto ao
novo governo Dilma Rousseff. No evento, Mirian Belchior, futura ministra do Planejamento, estará presente.
Texto Anterior: Foco: Brasil é 41º melhor destino turístico, em ranking da BBC Próximo Texto: Energia: Petrobras descobre indícios de petróleo e gás no Amazonas Índice | Comunicar Erros
|