São Paulo, sábado, 27 de novembro de 2010

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Porto brasileiro é dos piores da América do Sul, diz consultoria

Pesquisa será apresentada no Construbusiness 2010, na segunda

AGNALDO BRITO
DE SÃO PAULO

Estudo obtido com exclusividade pela Folha mostra que os portos brasileiros têm a pior avaliação na comparação com dez países da América do Sul.
A qualidade dos serviços oferecidos pelos portos do país só é melhor que a Venezuela. O trabalho foi feito pela LCA Consultores, que atribuiu notas de 1 a 7 para qualidade da infraestrutura.
A pesquisa foi encomendada pelo Deconcic/Fiesp (Departamento da Indústria da Construção da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). O levantamento será apresentado na próxima segunda-feira na abertura do Construbusiness 2010, evento anual do setor.
Além de um diagnóstico para o setor de infraestrutura, a entidade encomendou à FGV (Fundação Getulio Vargas) um trabalho para avaliar a situação do setor habitacional no Brasil. Como o trabalho anterior, os resultados serão apresentados no evento.
Além das notas para transporte aéreo, energia, ferrovia, rodovia e portos, a LCA fez um levantamento completo de todas os projetos com investimentos previstos no Brasil.
A consultoria apurou que o país deverá receber até 2022 cerca de R$ 850 bilhões em recursos para ajustar a infraestrutura brasileira.
"Essa cifra pode ser maior, mas foram considerados apenas os investimentos com projetos já definidos", diz Manuel Rossito, diretor do Deconcic e coordenador da pesquisa por parte da Fiesp. O setor com maior investimento apurado pela LCA será o de energia.
Até 2022, os aportes para o setor atingiram R$ 385,4 bilhões, quase a totalidade capital aplicado pelo setor privado e por investidores com recursos mistos (público e privado). Isso representará, segundo o trabalho, R$ 380 bilhões. O restante (R$ 5,4 bilhões) será investimento público.
A recuperação e a construção de estradas devem consumir R$ 200 milhões até 2022, e, no saneamento, o aporte será de R$ 206 bilhões. Recursos que serão usados para universalização do saneamento.
A meta, explica, é atingir cobertura nacional de 98% no abastecimento de água, 93% em afastamento de esgoto e 92% de tratamento do esgoto. Hoje, segundo o relatório, o Brasil tem 84% do país com acesso à água encanada, 50% de coleta de esgoto e 43% de tratamento.
O trabalho será usado na pauta de reivindicações do setor da construção junto ao novo governo Dilma Rousseff. No evento, Mirian Belchior, futura ministra do Planejamento, estará presente.


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