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Senado já pode votar nova lei de concorrência
DE BRASÍLIA
Após mais de um ano de
tramitação pelas comissões
do Senado, o projeto de lei
nº 6/09, que reestrutura o
Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência, pode
ser votado no plenário da
Casa na próxima semana.
O projeto saiu da Câmara
e passou por diversas alterações, feitas especialmente pelos senadores Francisco Dornelles (PP-RJ) e Aloizio Mercadante (PT-SP).
Na prática, o projeto traz
mudanças importantes, como a análise prévia das fusões (hoje, no Brasil, elas
são feitas após as operações) e mudanças na estrutura do que foi batizado de
"Supercade".
Mas o projeto é polêmico.
Para o procurador Augusto
Aras, representante do Ministério Público no Cade, a
antiga legislação de defesa
da concorrência já era boa.
"As alterações poderiam ser
feitas dentro das leis que já
existiam, não precisava de
um novo projeto", diz.
Nos bastidores, uma crítica recorrente é o aumento
do poder da SDE (Secretaria
de Defesa Econômica), que
se torna uma superintendência com maior autonomia para definir a destinação dos processos.
Para fontes consultadas,
como a SDE é um órgão cujo
representante é indicado diretamente pelo Ministério
da Justiça, ela é mais suscetível de sofrer pressões políticas do que um colegiado
com perfil mais técnico, caso do Cade.
Aras aponta que, não fossem as alterações propostas
no projeto inicial, o poder
de atuação do MP no Cade
ficaria muito reduzido.
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