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commodities
Cosan inaugura usina de R$ 1 bi em Goiás
Unidade deverá moer 2 milhões de toneladas de cana e produzir 180 milhões de litros de álcool já nesta safra
Metade do álcool virá para São Paulo; grupo estuda comprar usina
já pronta e descarta produzir fora do país
MARIANA SCHREIBER
ENVIADA ESPECIAL A JATAÍ (GO)
A Cosan, maior produtora
nacional de açúcar e álcool,
inaugurou ontem sua primeira usina construída do zero,
em Jataí (GO). A unidade,
que consumiu cerca de R$ 1
bilhão em investimento, é a
mais moderna do mundo, segundo a empresa.
Para esta safra, o objetivo é
moer 2 milhões de toneladas
de cana e produzir 180 milhões de litros de etanol
-metade distribuída no próprio Estado e metade escoada para São Paulo.
A usina tem capacidade
máxima para moer o dobro
de cana e produzir 370 milhões de litros. A expectativa
é que, na próxima safra, sejam moídos 3,5 milhões de
toneladas de cana.
Antes da crise, a empresa
previa construir outras duas
usinas em Goiás -a de Jataí é
a primeira.
Segundo Rubens Ometto,
presidente do Conselho de
Administração da empresa,
os planos só devem ser retomados quando a usina de Jataí atingir sua capacidade
máxima de produção.
Para este ano, no entanto,
segundo Ometto, existe a
possibilidade de aquisição
de uma usina já pronta.
Ometto descartou investimentos em produção fora do
Brasil, que, segundo ele, "é o
melhor lugar do mundo para
plantar cana e produzir açúcar e álcool".
Segundo André Luiz Rocha, presidente do Sindicato
da Indústria de Fabricação
de Álcool de Goiás, o Estado é
o quarto maior produtor de
cana do país e deve passar o
Paraná na próxima safra.
HIDROVIA
A expectativa é que sejam
colhidos, em 2010/11, cerca
de 50 milhões de toneladas
de cana -20% mais que na
safra anterior. Apesar da pujança de Goiás no setor, Jataí
não é tradicionalmente um
grande produtor de cana,
cultura que disputa espaço
com o milho e a soja.
Atualmente, mais da metade da cana consumida pela
usina de Jataí é produzida pela própria Cosan.
De acordo com Rocha, os
produtores ainda enfrentam
problemas de logística para
escoar a produção de etanol.
A expectativa é que ainda
neste ano o álcool passe a ser
transportado também por hidrovia, como ocorre com o
açúcar. "As barcaças para
etanol estão ficando prontas.
A construção de um duto
também deixaria a produção
no Estado mais competitiva."
Estamos em discussão para a construção, mas ainda
não há previsão", diz Rocha.
Atualmente, esse problema é superado com incentivos fiscais e com a alta produtividade do solo, afirma.
A jornalista MARIANA SCHREIBER
viajou a convite da Cosan.
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