São Paulo, sábado, 28 de maio de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros Grupo tem bom trânsito no meio político DE SÃO PAULO No Brasil, a Dufry conta com as bênçãos de um dos mais influentes empresários do país, Jonas Barcellos. Dono da Brasif, Barcellos vendeu a rede de free shop e uma empresa de logística para a Dufry por US$ 500 milhões em 2006. Mas manteve laços com a Dufry. Até hoje, a Dufry preserva boa parte da diretoria herdada de Barcellos -como o presidente do conselho, Humberto Mota- e até divide com a Brasif o mesmo gerente de comunicação. Tanto Mota como o diretor-geral de operações da Dufry na América do Sul, José Carlos Costa da Silva Rosa, frequentam a fazenda de Barcellos em Uberaba. No início do mês, os dois estavam entre os convidados da feijoada que Barcellos oferece anualmente, em sua fazenda. "Apesar da venda, Barcellos se dedica para que as coisas deem certo para Dufry", elogia Silva Rosa. O prestígio do empresário é mensurado pela lista de presenças na feijoada. Suprapartidária, a festa reuniu, em 2010, a hoje presidente Dilma Rousseff (PT) e o então candidato tucano José Serra. Um generoso contribuinte em campanhas eleitorais, Barcellos transita do DEM ao PT. Amigo íntimo do ex-senador Jorge Bornhausen, foi recebido há duas semanas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo um colaborador de Barcellos, foi Lula quem o apresentou a Dilma, em 2010. No ano eleitoral, as doações do grupo somaram R$ 3,6 milhões, sendo R$ 1,5 milhão para o PT. Desses, R$ 200 mil foram destinados ao comitê financeiro do PT do Rio Grande do Sul. Nesse período, o comitê único repassou R$ 150 mil ao deputado Marco Maia. Declarando-se amigo de Barcellos "há 40 anos", Mota é ligado ao vice-presidente da República, Michel Temer. Foi o escalado para falar sobre infraestrutura na primeira reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social. (MB e CS) Texto Anterior: Dufry nega que projeto seja "sob medida" Próximo Texto: Frase Índice | Comunicar Erros

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