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Fed promete medidas se economia piorar
Presidente do banco central americano afirma que fará "o que puder" para garantir recuperação econômica
Declaração anima os mercados mesmo após governo anunciar nova projeção do PIB, abaixo do divulgado antes
CRISTINA FIBE
DE NOVA YORK
O banco central americano
anunciou ontem que voltará
a agir caso a economia do
país piore ainda mais. O presidente do Federal Reserve,
Ben Bernanke, reanimou os
mercados ao dizer que fará
"tudo o que puder" para garantir a recuperação, incluídas aí "medidas não convencionais".
Bernanke, em simpósio
em Jackson Hole, no Estado
de Wyoming, afirmou acreditar que os EUA continuarão a
crescer na segunda metade
do ano, embora em "ritmo relativamente modesto".
O presidente do Fed não
entrou em detalhes sobre
quais seriam as novas condições da economia que levariam o banco a agir. Segundo
ele, "o comitê não acertou
um critério específico ou gatilhos para ações futuras".
Ele indicou, no entanto,
que entre as medidas que o
banco pode tomar estão compras adicionais de títulos e a
redução da taxa de juros que
o Fed paga sobre os excessos
de reservas dos bancos.
E, na última sexta-feira de
um mês marcado pelo pessimismo no mercado, o governo divulgou uma nova projeção do PIB (Produto Interno
Bruto) do segundo trimestre,
alta de 1,6% (na taxa anualizada), ante o avanço de 2,4%
estimado anteriormente.
Apesar da queda, o número ficou acima das expectativas de especialistas e não
chegou a abalar as Bolsas.
Trata-se de uma desaceleração significativa, ante um
crescimento de 3,7% no primeiro trimestre e de 5% nos
últimos três meses de 2009.
MERCADOS
Os investidores reagiram
bem às palavras de Bernanke
e retomaram as compras,
aproveitando os preços depreciados das ações, após
quase uma semana inteira de
perda. Nos EUA, a Bolsa de
Nova York subiu 1,65%, enquanto, na Europa, as ações
avançaram 0,88%, em Londres, e 0,65%, em Frankfurt,.
Já a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) teve o seu
dia de maior ganho (2,7%)
desde o final de maio. No rol
das quase 70 ações que compõem o índice, somente 4 sofreram perdas. Os papéis da
Vale e da Petrobras, os mais
negociados, tiveram altas de
cerca de 3%.
O dólar comercial foi cotado a R$ 1,753, em um decréscimo de 0,5%.
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