São Paulo, terça-feira, 28 de dezembro de 2010

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Postos de Buenos Aires enfrentam falta de combustível

Desabastecimento é atribuído ao aumento sazonal do consumo e aos efeitos tardios de uma greve de petroleiros

GUSTAVO HENNEMANN
DE BUENOS AIRES

O desabastecimento de grande parte dos postos de combustível de Buenos Aires e da região metropolitana ameaça frustrar viagens de férias e comemorações dos argentinos neste fim de ano.
O aumento do consumo e os efeitos tardios de uma greve de petroleiros esvaziaram os reservatórios de gasolina e de diesel em 70% dos 1.870 postos da província de Buenos Aires, segundo a Fecoba, que representa os empresários do setor.
Na capital, não há uma estimativa da dimensão do problema, mas as filas nos locais que ainda ofereciam combustível ontem à tarde chegavam a duas quadras.
As petroleiras Esso e Shell atribuem o problema a uma greve já encerrada que bloqueou reservatórios de petróleo nas províncias mais produtivas durante 20 dias.
A Petrobras, que produz 11,2% do combustível argentino, afirma que não sofreu impacto da greve e atribuiu o desabastecimento ao aumento sazonal da demanda.
A companhia está trabalhando com 100% da capacidade, segundo a assessoria de imprensa. O mesmo disse a YPF, que afirma ter distribuído um volume recorde na última semana.
As redes de postos dizem que o desabastecimento poderá causar transtornos para o setor agropecuário, já que será necessário grande volume de óleo diesel nas próximas semanas para a colheita e o transporte dos grãos.

SEM LUZ E SEM DINHEIRO
O consumo recorde de energia elétrica em razão do calor vem causando apagões frequentes em bairros de Buenos Aires e da região metropolitana.
Sacar dinheiro também se transformou em problema. Por causa do maior movimento da economia e da inflação, faltaram cédulas e os caixas eletrônicos de bancos públicos e privados têm ficado vazios com frequência desde o início de dezembro.


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