São Paulo, sexta-feira, 29 de abril de 2011

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Anatel aprova plano para bloquear spams na internet

Agência irá pressionar telefônicas que operam com serviço a implantar sistema já adotado por provedores

ANDREZA MATAIS
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DE BRASÍLIA

A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) aprovou ontem a criação de uma força-tarefa para pressionar as telefônicas que operam com internet a implantar um sistema de bloqueio de spams na rede doméstica no país, a chamada Gerência Porta 25.
Hoje, segundo o CGI (Comitê Gestor de Internet), a internet no Brasil é uma das mais lentas do mundo porque computadores domésticos desprotegidos são infectados e passam a enviar spams que entopem a rede. Os computadores também ficam mais lentos.
A implantação do sistema, que vem sendo adotado pelos maiores provedores da internet, foi recomendada pelo CGI às telefônicas e operadoras da rede em maio de 2005.
O CGI é um organismo interministerial que reúne ainda prestadores de serviços e consumidores.
Porém, o processo não caminhou. Há dois anos o CGI enviou à Anatel uma sugestão, aprovada ontem, para que a agência, que tem ascendência sobre as teles, intermediasse um acordo.
"Hoje, hackers de outros países usam a infraestrutura do Brasil para mandar e-mail. Quando as operadoras bloquearem a saída da Porta 25, os computadores residenciais não conseguirão mandar e-mail sem você saber para provedores e servidores de e-mail", disse Nelson Novaes, gerente do UOL, pioneiro no sistema. O portal é controlado pela Folhapar, integrante do Grupo Folha.
Embora já haja avanços entre as telefônicas, é preciso que elas definam um calendário para colocar o bloqueio em funcionamento, diz Henrique Faulhaber, representante do setor de indústria no CGI e indicado pelo órgão para falar do caso.
Segundo ele, além dos benefícios à rede e ao usuário, a Porta 25 pode servir como vantagem competitiva para as empresas que chegarem primeiro.
A Folha apurou que as empresas de telefonia não fizeram esse investimento devido ao alto custo do sistema.
Procurado, o SindiTelebrasil (sindicato das operadoras de telefonia fixa e móvel) disse que não houve tempo para ter detalhes da decisão da Anatel e que não comentaria a medida.


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