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Espanha é rebaixada, e Bolsas caem
Fitch é a segunda agência a reduzir classificação do país; Bovespa recua 0,23%, mas avança 2,8% na semana
Bolsa de Nova York
perde 1,2%; dólar recua
para R$ 1,81 e acumula
desvalorização de
2,7% na semana
EPAMINONDAS NETO
DE SÃO PAULO
A Bolsa de Valores brasileira deve ocupar, com folga,
a posição de pior aplicação
em maio, mês marcado pela
preocupação com as economias da Europa e as repercussões de uma crise na região para a economia global.
A rodada de negócios de
ontem somente contribuiu
para elevar o nível das perdas. As principais Bolsas até
começaram o dia em tom positivo, reagindo bem aos novos números da economia
americana. Os indicadores
mostraram aumento da renda disponível para o consumidor nos EUA, mas estagnação em seu nível de gastos.
O humor do mercados azedou após o anúncio de que a
agência Fitch rebaixou o "rating" (nota sobre o risco de
crédito de um ativo) da dívida espanhola, de "AAA" (a
melhor classificação possível) para "AA+".
Embora esperada por muitos -a agência Standard &
Poor's já havia feito o mesmo
há um mês-, a notícia não
passou incólume. A Bolsa de
Nova York recuou 1,19%, enquanto a Bovespa teve queda
de 0,23%.
Na semana, o "termômetro" do mercado brasileiro de
ações, o índice Ibovespa,
avançou 2,8%. Mas no mês
acumula perdas de 9%.
Antes da notícia sobre a
Espanha, a Bolsa de Londres
havia encerrado o pregão em
queda, de 0,12%. Em Paris,
as ações cederam 0,29%, e
Frankfurt subiu 0,15%.
O dólar comercial recuou
para R$ 1,810 (-0,87%). Na
semana, a moeda caiu 2,7%.
A complicada agenda na
semana que vem também
não ajudou a acalmar os ânimos. Além de estatísticas importantes nos EUA, na Europa e na China, o investidor terá que gerir suas decisões de
compra e venda entre dois feriados (na segunda, nos
EUA, e na quinta, no Brasil).
O rebaixamento da nota
espanhola renovou os temores sobre a crise europeia.
"Todos sabem que os problemas da Europa são muito
graves, mas que não devem
ser resolvidos no curto prazo.
As autoridades já falaram o
que precisava ser dito, e acho
que os países já fizeram, ou
anunciaram, as medidas que
precisavam ser feitas", diz
Luiz Gustavo Medina, economista da M2 Investimentos.
"Talvez seja a hora de o
mercado "esquecer" um pouco o assunto."
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