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Commodity acumula alta
de 31% no ano
DE SÃO PAULO
Os preços da celulose
nunca estiveram tão altos.
Na semana encerrada no
dia 18, a tonelada da celulose de fibra curta, que é produzida no Brasil, era cotada
a US$ 917,85 na Europa,
com alta de 31% no ano, segundo levantamento da
Tendências Consultoria.
"Os preços estão em patamares recordes", afirma
Bruno Rezende, analista da
Tendências. O motivo é simples: a demanda está maior
do que a oferta.
Em 2008, com a crise internacional, muitos projetos de expansão foram adiados e fábricas obsoletas na
Europa e nos Estados Unidos foram fechadas.
Recentemente, o terremoto no Chile provocou
uma retração na oferta e nos
estoques mundiais.
A procura pela commodity, por sua vez, manteve o
crescimento.
"Com a retomada da atividade econômica, a demanda ficou maior do que a
oferta", diz Carlos José Caetano Bacha, professor da
Esalq/USP (Escola Superior
de Agricultura Luiz de Queiroz, ligada à USP).
DEMANDA FUTURA
E mesmo em um universo
cada vez mais informatizado, onde o papel dá espaço
aos meios eletrônicos, a estimativa é de aumento da
demanda por celulose, puxada principalmente pelos
países emergentes.
"O crescimento econômico nos países asiáticos deve
se refletir em mais compras,
aumentando a demanda
por embalagens e papéis de
imprimir e escrever", afirma Francides Gomes da Silva Junior, professor do Departamento de Ciências Florestais da USP.
Em 2009, as exportações
brasileiras de celulose para
a China cresceram 128%,
para 2,8 milhões de toneladas, segundo a Bracelpa.
O país asiático já é o segundo principal mercado
para o Brasil, atrás apenas
da Europa.
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