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Dados sobre sustentabilidade atraem pouco
DO ENVIADO A AMSTERDÃ
Indicadores de sustentabilidade ainda estão longe de
atrair a atenção de investidores e analistas do mercado financeiro local.
É o que mostra uma pesquisa informal realizada pela
reportagem da Folha com representantes da área de relações com investidores (RI) de
11 empresas listadas na Bovespa, a Bolsa de Valores
brasileira.
"Houve toda uma preparação interna para responder
aos temas de sustentabilidade, mas o fato é que recebemos no máximo um ou dois
questionamentos por mês relacionados a isso", ilustra o
gerente de relações com investidores de um grande
banco doméstico.
"A demanda ainda é muito
pequena, restrita a um ou a
outro fundo de pensão", segundo esse mesmo gerente.
Com pequenas variações,
essa foi a resposta padrão
dos demais representantes
ouvidos pela reportagem.
SEM FOTOS
Para especialistas, é um
cenário que tende a mudar.
"Cada vez mais o representante de RI de uma empresa
insere práticas de sustentabilidade em seu discurso de
prospecção de investidores,
sobretudo na Europa", revela o gerente de projetos da
Key Associados, Alexandre
Hernandez.
Ele diz acreditar que, em
breve, até os relatórios trimestrais de resultado das
empresas trarão informações
de sustentabilidade.
Essa é uma cobrança que
Hernandez considera inevitável, seja ela oriunda do
mercado ou do poder público, dentro de um modelo que
muitos chamam de "economia verde".
"Quando isso acontecer,
os relatórios deixarão de ter
fotos grandes e bonitas, de
serem peças de marketing socioambiental, e passarão a
trazer metas, indicadores e
diretrizes objetivas, pelos
quais as empresas serão efetivamente cobradas", conclui o gerente de projetos da
Key Associados.
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