São Paulo, terça-feira, 29 de junho de 2010

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Dados sobre sustentabilidade atraem pouco

DO ENVIADO A AMSTERDÃ

Indicadores de sustentabilidade ainda estão longe de atrair a atenção de investidores e analistas do mercado financeiro local.
É o que mostra uma pesquisa informal realizada pela reportagem da Folha com representantes da área de relações com investidores (RI) de 11 empresas listadas na Bovespa, a Bolsa de Valores brasileira.
"Houve toda uma preparação interna para responder aos temas de sustentabilidade, mas o fato é que recebemos no máximo um ou dois questionamentos por mês relacionados a isso", ilustra o gerente de relações com investidores de um grande banco doméstico.
"A demanda ainda é muito pequena, restrita a um ou a outro fundo de pensão", segundo esse mesmo gerente.
Com pequenas variações, essa foi a resposta padrão dos demais representantes ouvidos pela reportagem.

SEM FOTOS
Para especialistas, é um cenário que tende a mudar.
"Cada vez mais o representante de RI de uma empresa insere práticas de sustentabilidade em seu discurso de prospecção de investidores, sobretudo na Europa", revela o gerente de projetos da Key Associados, Alexandre Hernandez.
Ele diz acreditar que, em breve, até os relatórios trimestrais de resultado das empresas trarão informações de sustentabilidade.
Essa é uma cobrança que Hernandez considera inevitável, seja ela oriunda do mercado ou do poder público, dentro de um modelo que muitos chamam de "economia verde".
"Quando isso acontecer, os relatórios deixarão de ter fotos grandes e bonitas, de serem peças de marketing socioambiental, e passarão a trazer metas, indicadores e diretrizes objetivas, pelos quais as empresas serão efetivamente cobradas", conclui o gerente de projetos da Key Associados.


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