São Paulo, sábado, 30 de abril de 2011

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Bolsa e dólar são piores aplicações no mês

CBDs batem inflação em abril, e rendimento da poupança decepciona mais uma vez; ouro é a melhor opção

Para tomar a melhor decisão, investidor terá que monitorar evolução dos preços no Brasil e no mundo no próximo mês


EPAMINONDAS NETO
DE SÃO PAULO

A Bolsa de Valores e o dólar foram as aplicações com os piores níveis de rendimento no mês de abril.
Tanto o termômetro da Bolsa, o Ibovespa, quanto a taxa de câmbio para a moeda americana recuaram 3,6%.
No quadrimestre, ambos os investimentos continuam como as piores alternativas: enquanto o primeiro acumulou perdas de 4,6%, o segundo retrocedeu 5,6%.
No lado mais conservador das alternativas de investimentos, a poupança decepcionou mais uma vez, com um taxa de retorno (0,53%) bem próxima da inflação do período (0,45%, pelo IGP-M).
A aplicação apanhou também no quadrimestre (quatro meses encerrados em abril), com ganho de 2,28%, ante um variação de 2,89% do índice inflacionário.

MAIS RENTÁVEIS
Os CDBs tiveram um desempenho um pouco melhor, com rentabilidade de 0,83% neste mês, e um ganho acumulado de 3,5% neste quadrimestre.
Em tese, aplicações mais sensíveis à taxa Selic (taxa básica de juros), que tende a subir nos próximos meses, seriam as melhores apostas para os próximos meses.
Mas isso depende do ritmo de alta dos preços e, principalmente, do quanto as autoridades econômicas estarão dispostas a subir a taxa Selic. A sinalização recente do Banco Central aponta para um aumento mais suave e "prolongado" dos juros.
No topo dos ganhos do mês, o ouro (investimento restrito) sobressaiu, com uma valorização de 1,4%, conforme os preços praticados na BM&F. Mas, confirmando o seu caráter volátil, os preços da commodity caíram 3% até abril.
Analistas continuam pouco otimistas em relação à renda variável no mês de maio: a "sangria" de capital estrangeiro tira fôlego para uma recuperação da Bolsa.
A palavra-chave é inflação. As principais economias mundiais vão enfrentar nos próximos meses um processo de ajuste que já começou a ser feito em emergentes como Brasil e China.
Alguns profissionais mais otimistas do setor financeiro acreditam que a Bolsa de Valores pode até ser favorecida por esse motivo.


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