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Greve dos bancários fecha 20% das agências
Segundo sindicato, a paralisação, que continua indefinidamente, atingiu 3.864 bancos
MARIANA SCHREIBER
DE SÃO PAULO
O primeiro dia de greve
dos bancários atingiu apenas
20% das 19,8 mil agências do
país, informou a categoria.
Segundo a Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), ligada à CUT (Central
Única dos Trabalhadores),
3.864 agências não funcionaram ontem.
Em São Paulo, 598 agências não abriram na capital e
em mais 16 municípios.
Os paulistanos enfrentaram transtornos, mas encontraram agências abertas.
No centro, a Folha encontrou duas agências lacradas,
12 com atendimento só em
caixas eletrônicos e oito funcionando normalmente.
Na avenida Paulista, muitos bancos fecharam de manhã, devido a piquetes de
sindicalistas. Eles impediram a entrada de clientes.
À tarde, seis agências visitadas funcionavam normalmente, mas mantinham os
avisos de greve na fachada.
"Não adianta tirar que eles
(os sindicalistas) colocam de
novo", disse uma funcionária do Bradesco.
A maioria das agências
funcionava também na avenida Brigadeiro Faria Lima,
mas havia ao menos uma do
Banco do Brasil fechada.
A Febraban (Federação
Brasileira de Bancos) não
apresentou um balanço.
Magnus Ribas, superintendente de Relações do Trabalho da Febraban, disse, porém, que a maioria abriu.
Os bancários pedem 11%
de reajuste e elevação do piso
salarial de R$ 1.074 para
R$ 2.157 -proposta que não
foi aceita pelos patrões.
Ribas negou que os bancos
não estejam dispostos a negociar. Aceitam dar um reajuste acima da inflação
(4,29%), porém menor do
que o pedido, disse ele.
O presidente da Contraf,
Carlos Cordeiro, diz que aumento de 11% é justo: "A lucratividade dos cinco maiores bancos cresceu 32% no
primeiro semestre".
Este é o sétimo ano seguido em que os bancários entram em greve por reajuste
salarial. A paralisação é por
tempo indefinido.
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