São Paulo, sábado, 31 de julho de 2010

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BC chinês diz que país é 2ª maior economia mundial

PIB cresceu 11,1% no 1º semestre, mas riqueza per capita ainda é baixa

Declaração não leva em conta que o Japão, que teria sido superado, divulgará resultados em meados de agosto

Kevin Lee - 1.mai.10/Bloomberg
Visitante tira foto no pavilhão do Reino Unido na Feira Universal de Xangai; país cresce, em média, 9,5% ao ano desde 78

GUILHERME CHAMMAS
DE SÃO PAULO

A China anunciou ontem que superou o Japão e assumiu o posto de segunda maior economia do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. As declarações foram feitas por Yi Gang, vice-presidente do Banco Central da China, em entrevista à revista "China Reform".
Entretanto, Gang não explicou como chegou a essa conclusão, já que os resultados do PIB (Produto Interno Bruto) do Japão só serão divulgados em agosto. Em 2009, o PIB da China era de US$ 4,9 trilhões, 3% menor do que o do Japão (US$ 5,1 trilhões) e um terço menor do que o dos EUA.
O PIB chinês cresceu 11,1% nos primeiros seis meses de 2010 quando comparado com o mesmo período do ano passado, chegando a US$ 2,55 trilhões. "Com a expansão da base econômica, o crescimento vai se desacelerar gradualmente", diz Gang.
No dia 14, o governo chinês já anunciara que o crescimento da economia se desacelerou para 10,3% no segundo trimestre deste ano, pouco abaixo do previsto pelos analistas.
A expansão do país vem registrando uma média anual de mais de 9,5% desde 1978, quando adotou reformas econômicas. Para muitos, a ultrapassagem do Japão já era mais que prevista.

DESAFIOS
Mesmo com esse resultado expressivo e a imagem de pujante desenvolvimento, o país mais populoso do mundo -cerca de 1,3 bilhão de habitantes- ainda está muito atrás de outras nações, desenvolvidas ou em desenvolvimento, na comparação de riqueza por habitante.
No ano passado, o PIB per capita chinês foi de US$ 3.600, 7,76% do PIB per capita dos Estados Unidos, 9,07% do valor no Japão e um pouco abaixo da metade do PIB per capita do Brasil.
Mas, como a moeda chinesa, o yuan, é considerada "substancialmente subvalorizada", de acordo com relatório do FMI (Fundo Monetário Internacional), o poder de compra já é praticamente o dobro desse valor.
Equilibrar a taxa de câmbio, estimulando o consumo interno, e reduzir a dependência das exportações são outras recomendações feitas por organismos internacionais ao país para sustentar seu crescimento.


Com agências de notícias


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