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Brasil reverá dívida africana de US$ 900 mi

Promessa foi feita pela presidente Dilma Rousseff ontem a líderes do continente, durante encontro na Etiópia

Objetivo é dar condição jurídica para financiar empresas brasileiras que queiram participar de projetos na África

FÁBIO ZANINI ENVIADO ESPECIAL A ADIS ABEBA

A presidente Dilma Rousseff fez dois agrados ontem aos líderes da União Africana, o clube de presidentes do continente que se reuniram para celebrar 50 anos do organismo em Adis Abeba, na Etiópia.

Prometeu perdoar ou reestruturar quase US$ 900 milhões em dívidas de 12 países africanos com o Brasil e anunciou o fortalecimento da Agência Brasileira de Cooperação, que passará a coordenar as estratégias de comércio e investimento para a África.

Ela participou como convidada do evento e deveria fazer um discurso grandioso, mas foi prejudicada pela falta de organização.

Foi chamada ao palco 1h30 após o horário previsto, em meio a um apagão. "Eu não vou lá!", desabafou, defrontada com a escuridão e o plenário esvaziado, segundo captou uma câmera de TV.

Mudou de ideia e acabou lendo um discurso genérico, em português sem tradução, seguido com desinteresse por menos de 100 pessoas, a maioria jornalistas.

Antes, ela havia detalhado os dois agrados que fez aos integrantes da União Africana --presidentes eleitos, ditadores e alguns procurados por crimes de guerra.

O objetivo, com o perdão da dívida, é dar condição jurídica para que o governo financie empresas brasileiras que queiram participar de projetos na África.

Já a ABC ganhará a função de coordenação de todas as ações de assistência e comércio junto a países africanos e latino-americanos.

Fundada em 1963, a União Africana participou de esforços de paz em países como Sudão e Somália, mas tem falhado em assegurar a estabilidade do continente.

Ontem, na plateia, havia líderes como Robert Mugabe, do Zimbábue (há 33 anos no poder), Omar al-Bashir, do Sudão, e Uhuru Kenyatta, de Quênia --esses dois últimos indiciados por promover violência política pelo Tribunal Penal Internacional.

Kenyatta ainda participou de uma reunião bilateral com a presidente Dilma, ontem pela manhã.


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