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Milhares protestam nos EUA contra absolvição de ex-vigia

Manifestações pró-Trayvon se espalharam por mais de cem cidades do país

George Zimmerman, acusado de assassinar jovem negro em 2012 foi absolvido; o réu alegou legítima defesa

DE NOVA YORK

O discurso proferido na última sexta-feira pelo presidente Barack Obama sobre Trayvon Martin, o jovem negro morto por um vigia em 2012, ecoou ontem nas ruas em manifestações organizadas em mais de cem cidades dos EUA.

Milhares de pessoas protestaram contra a absolvição de George Zimmerman --que alega ter atirado em autodefesa-- por um júri da Flórida, no último dia 14. A multidão pedia mudanças nas leis de legítima defesa e que o caso seja levado a tribunais federais.

Na última semana, protestos se espalharam por todo o país --em alguns deles, houve atos de vandalismo e prisões. Anteontem, Obama disse que os EUA precisavam de "contexto" para entender as manifestações.

"Eu já me senti vigiada várias vezes. Quando entro numa loja, os vendedores me olham para ver se não estou roubando alguma coisa", disse à Folha Daishalee Davila, 18, participante do protesto que reuniu centenas de pessoas em Nova York.

"Por toda a minha vida eu escapei do crime e do desemprego, mas não escapei do racismo. Isso é o que significa o stop and frisk' [revistas feitas pela polícia cujos principais alvos são negros e latinos]", afirmou Pete Eldridge, 59.

Todos os 18 afro-americanos ouvidos pela reportagem no evento de Nova York disseram ter gostado muito do discurso do presidente, apesar de Obama não ter criticado a absolvição de Zimmerman.

"Nós o admiramos por ter falado sobre o assunto. Isso manda uma mensagem ao mundo de que poderia ter acontecido com o filho de qualquer um", disse o pai da vitima, Tracy Martin, em uma entrevista concedida na vigília de Miami.

Celebridades como o rapper Jay-Z e a cantora Beyoncé participaram do ato ontem em Nova York, que teve a presença da mãe de Trayvon, Sybrina Fulton.

Zimmerman trabalhava como vigia voluntário e seguiu Trayvon, que usava moletom com capuz, por suspeitar de seu comportamento.

O jovem de 17 anos, no entanto, estava desarmado, carregando apenas uma embalagem de balas e uma lata de chá. Ontem, em protesto, alguns manifestantes vestiram moletom com capuz, apesar do calor em torno dos 30 graus.


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