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Conflito na Irlanda do Norte deixa 56 policiais feridos
Protestantes pró-Reino Unido tentaram bloquear uma marcha de republicanos católicos na capital, Belfast
Ministra britânica para a Irlanda do Norte, Theresa Villiers, afirma que distúrbios são 'retrocesso lamentável'
Cinquenta e seis policiais e dois civis ficaram feridos durante confrontos no centro de Belfast, depois da mais recente explosão de violência, estimulada pela tensão entre as comunidades católicas republicanas e os protestantes pró-Reino Unido da Irlanda do Norte.
Quatro policiais foram levados ao hospital depois dos confrontos na madrugada de sexta-feira, quando a polícia disparou balas de borracha e usou canhões de água, depois de ser atacada com pedras, garrafas e pedaços de andaimes pela segunda noite consecutiva. Manifestantes também atearam fogo a vários carros.
Os confrontos começaram quando centenas de protestantes tentaram bloquear uma marcha dos republicanos católicos, em comemoração ao 9 de agosto de 1971, quando 11 civis foram mortos pelo Exército britânico em Belfast.
Os católicos, que defendem a união com a Irlanda, consideram essa uma das medidas mais repressivas das três décadas de conflito na Irlanda do Norte.
Na quinta-feira, oito policiais ficaram feridos e oito pessoas foram detidas em outra manifestação.
A Irlanda do Norte viveu 30 anos de violência sectária, que deixou 3.500 mortos.
Os acordos de paz firmados em 1998 levaram católicos e protestantes a compartilhar o poder, mas ainda continuam a ocorrer incidentes violentos.
"A violência e os ataques aos policiais de ontem à noite foram uma vergonha," disse a ministra britânica para a Irlanda do Norte, Theresa Villiers, em um comunicado. "A desordem nas ruas é um retrocesso extremamente lamentável."
O chefe de polícia Matt Baggott acusou manifestantes de manchar a reputação da cidade.
"Essas pessoas não queriam fazer um protesto pacífico, elas não têm dignidade", disse.