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Senador boliviano asilado chega ao Brasil

Roger Pinto Molina, que se diz perseguido por Evo Morales, estava morando na embaixada brasileira em La Paz

Advogado diz que viagem do parlamentar foi planejada pelo governo brasileiro; Itamaraty não comenta

FELIPE MAIA EDITOR-ADJUNTO DE "CARREIRAS"

O senador boliviano Roger Pinto Molina, que estava há quase 15 meses na embaixada brasileira em La Paz, chegou ontem a Cuiabá (Mato Grosso).

A informação foi confirmada à Folha por seu advogado, Luís Vasquez. O Itamaraty disse que não comentaria a informação.

O parlamentar recebeu asilo do Brasil em junho do ano passado com o argumento de que é perseguido pelo governo Evo Morales --alegava sofrer ameaças de morte.

Mas ele não podia deixar a embaixada por falta de salvo-conduto da Bolívia --permissão necessária para que o asilado deixasse o país em segurança.

Vasquez diz que foi informado sobre a saída do parlamentar do local quando Molina já estava no Brasil.

Segundo ele, a estratégia para a viagem do boliviano foi traçada por funcionários da embaixada brasileira --o governo boliviano não teria concedido o salvo-conduto.

Ele teria viajado em um carro da embaixada.

O advogado afirma que o parlamentar ainda não decidiu onde vai morar.

O senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), presidente da comissão de Relações Exteriores do Senado, disse que, até hoje, Molina deverá ir a Brasília.

À família, o asilado não informou nem em que cidade estava. "Por segurança dele e da família, ele apenas nos disse que estava bem, que havia chegado ao Brasil, e que nós não nos preocupássemos", disse à Folha Denise Pinto, filha do boliviano.

Em junho, o político recebeu sentença de um ano de prisão após ser acusado de causar danos econômicos ao Estado.

Segundo a acusação, enquanto era diretor da Zona Franca de Cobija, em 2000, Pinto teria desviado cerca de R$ 3,5 milhões para a Universidade Amazônica de Pando.

O senador nega que tenha havido desvio e defende que o dinheiro foi aplicado na universidade.

Foi a primeira sentença contra o oposicionista, que enfrenta mais de 20 processos no país.

O político e seu partido, o Convergência Nacional, argumentavam que os processos eram arranjados e que ele não tinha acesso a um julgamento imparcial.

Em junho, o advogado dele no Brasil, Fernando Tibúrcio, protocolou no STF (Supremo Tribunal Federal) um habeas corpus extraterritorial --classificado no documento como o primeiro caso na Justiça do país.

Uma das possibilidade era que o STF determinasse a concessão de um carro diplomático para Pinto deixar a Bolívia.


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