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Pedidos de seguro-desemprego nos EUA caem, e pessimismo diminui Para economistas, sucessão de indicadores positivos reduz probabilidade de recessão no país Na semana passada, queda do desemprego para 8,6%, menor nível em dois anos, já havia animado analistas
DE SÃO PAULO O número de americanos entrando com pedido de seguro-desemprego caiu para o nível mais baixo em nove meses -mais um indicador que reduziu o pessimismo em relação à economia dos Estados Unidos. Uma série de indicadores econômicos divulgados nas últimas semanas, com resultados melhores do que os previstos, apontou para recuperação moderada no crescimento e levou parte dos economistas a rever a previsão de duplo mergulho da economia do país. "Antes estimávamos em 40% a probabilidade de a economia americana entrar em recessão; com o cenário um pouco melhor, reduzimos para 35% a estimativa", disse à Folha Patrick Newport, economista especializado em EUA da IHS Global Insight. "Vários indicadores de emprego, gasto do consumidor e manufatura vieram melhores do que era esperado." O número de novos pedidos de seguro-desemprego caiu para 381 mil na semana passada, segundo o Departamento do Trabalho, o mais baixo desde fevereiro. O consenso de economistas do mercado era de 395 mil. Considera-se que a situação do mercado de trabalho está melhorando quando os novos pedidos caem abaixo de 400 mil. Também ontem, foi divulgado o indicador de níveis de estoques em outubro -subiram 1,6% em outubro, o maior ritmo em cinco meses, um sinal de que as empresas estão refazendo seus estoques e apostando em vendas fortes no final do ano. Esses dois indicadores se unem a números alentadores nas últimas semanas. Na semana passada, o desemprego caiu para 8,6% nos EUA, mais baixo em dois anos, embora boa parte se deva ao número de pessoas que desistiram de procurar emprego. O indicador ISM de manufatura indicou expansão da indústria em novembro e varejistas relataram aumento nas vendas nas liquidações da "Sexta-feira Negra". Isso não quer dizer que os economistas estejam otimistas em relação à recuperação dos EUA. No terceiro trimestre, o PIB cresceu 2% anualizados, depois de ser revisado para baixo. A queda no desemprego, diante do crescimento da população, ainda não é suficiente para reduzir o número de desempregados. E o índice ISM do setor não industrial (que cobre serviços, quase 80% da economia americana) recuou em novembro. "Ainda há uma probabilidade relativamente alta de recessão nos EUA, porque há riscos grandes na zona do euro", diz Newport. "Continuamos achando que a recuperação será moderada, na melhor das hipóteses". Uma retomada da economia aumenta as chances de reeleição do presidente Barack Obama. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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