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Justiça francesa volta a condenar 'Carlos, o Chacal' à prisão perpétua

Pena se refere a atentados cometidos nos anos 80 que mataram 11

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O venezuelano Ilich Ramírez Sánchez, conhecido como "Carlos, o Chacal", foi condenado ontem à prisão perpétua pela Justiça francesa por quatro atentados cometidos no país nos anos 80, que deixaram 11 mortos e 150 feridos.

O julgamento teve início em 7 de novembro, e o tribunal colocou em prática as penas propostas pela promotoria. O réu já cumpre pena de prisão perpétua desde 1997 por três assassinatos cometidos na França em 1975.

"Chacal", que foi preso no Sudão em agosto de 1994 e transferido para um presídio francês, reivindicou, em uma entrevista publicada por um jornal venezuelano, a autoria de mais de cem ataques que mataram de "1.500 a 2.000 pessoas" - já foi um dos terroristas mais procurados do mundo.

Os advogados das vítimas dos atentados comemoraram o veredicto, quase 30 anos depois dos crimes. Outros três cúmplices foram julgados à revelia. Dois foram condenados e um foi absolvido.

O palestino Kamal Al Issawi e o alemão Johannes Weinrich receberam a sentença de prisão perpétua e a alemã Christa Margot Frohlich foi absolvida.

Weinrich, acusado de ser o chefe das operações do "Chacal" na Europa e ex-membro da Facção Exército Vermelho (grupo alemão extremista de esquerda), está preso na Alemanha, enquanto Frohlich está livre e as autoridades francesas não sabem o paradeiro de Al Issawi.

Durante o atual julgamento, o governo venezuelano deu apoio legal, diplomático e logístico a Ilich Ramírez, e o presidente Hugo Chávez afirmou que "Carlos" foi um "digno continuador das grandes lutas pelos povos".

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