![]() |
![]() |
![]() |
Texto Anterior
| Índice | Comunicar Erros
Vice-presidente do Iraque se diz inocente e acusa premiê xiita Para Hashemi, líder sunita mais influente, sua ordem de prisão teve motivação política DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIASNa primeira aparição pública após a Justiça iraquiana emitir sua ordem de prisão, o vice-presidente iraquiano, Tareq Hashemi, acusou ontem o primeiro-ministro, Nuri al Maliki, de ter gerado tal situação com motivações políticas. Em uma coletiva de imprensa em Irbil, no Curdistão iraquiano, Hashemi, o sunita mais influente do país, negou as acusações de terrorismo e denunciou a participação de uma "agenda exterior" no Iraque -referência velada à possível influência do Irã xiita. "Eu juro, não cometi nenhum pecado contra o sangue iraquiano e não vou cometer", disse o vice, acrescentando que "toda a questão é culpa de Maliki". Hashemi mostrou-se disposto a responder às acusações na Justiça, mas pediu que o julgamento seja transferido para o Curdistão (região autônoma). O pedido de prisão, emitido após a saída das tropas dos EUA do Iraque, acendeu o alerta vermelho da tensão sectária no país. O temor é de um levante da minoria sunita (30% da população), que se sente marginalizada pelo governo do xiita Maliki. COALIZÃO AMEAÇADA Também está em jogo o governo de coalizão. Ontem, o premiê pediu um encontro com seus adversários políticos para impedir que o país mergulhe numa crise. A ação da Justiça aparentemente também desagradou ao presidente iraquiano, o curdo Jalal Talabani, que se queixou de não ter sido informado ou consultado sobre a ordem de prisão contra seu vice. O ex-premiê Iyad Allawi, líder da aliança xiita com apoio sunita Iraqiya, condenou as confissões "fabricadas" contra Hashemi. "Isso me lembra o que [o ex-ditador] Saddam Hussein costumava fazer: acusar os inimigos de terroristas." Canais de TV divulgaram depoimentos de supostos guarda-costas de Hashemi confessando ter plantado bombas nas ruas de Bagdá. O governo americano conclamou as autoridades encarregadas da investigação a respeitar "as normas internacionais e a lei iraquiana". Texto Anterior | Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |