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Separatistas pró-Rússia denunciam massacre

Retomada de aeroporto de Donetsk por forças ucranianas teria deixado 40 mortos; governo de Kiev não comenta

Putin defende o fim imediato de ofensiva militar na região leste da Ucrânia, área de forte influência russa

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

As Forças Armadas ucranianas retomaram o controle do aeroporto de Donetsk, que estava sob controle de separatistas pró-Rússia, nesta terça-feira (27). A ação deixou dezenas de mortos.

Segundo o prefeito da cidade, Alexander Lukianchenko, pelo menos 40 pessoas morreram, a maioria rebeldes. O político apoia Moscou.

"Durante a operação antiterrorista, dois civis e 38 combatentes morreram", afirmou, citando informações dos serviços de saúde. Ele disse que ainda há diversos feridos.

O número oficial de mortos não pode ser confirmado porque não há fontes independentes, mas imagens mostraram diversos corpos no aeroporto.

O primeiro-ministro da autoproclamada república popular de Donetsk, Alexander Borodai, falou que o número de mortos pode chegar a cem. A separação da região não é reconhecida por Kiev.

"Perdemos mais de 50 milicianos. Grande parte deles morreu em consequência do bombardeio do Exército ucraniano contra dois caminhões Kamaz que transportavam feridos da zona de combates próxima ao aeroporto", afirmou em declarações para a a agência russa RIA Novosti.

"Nossos dois caminhões Kamaz foram bombardeados pelo ar, de helicópteros, e pela terra", acrescentou.

CONTROLE UCRANIANO

O governo da Ucrânia anunciou que o Exército retomou o controle total do estratégico aeroporto, que estava sob controle dos rebeldes pró-Moscou desde a noite do último domingo (25).

O Exército ucraniano enviou na segunda (26) helicópteros, aviões de combate e paraquedistas para reconquistar o local. "Retomamos o controle total do aeroporto. O adversário sofreu baixas, mas nós não", afirmou o ministro ucraniano do Interior, Arsen Avakov.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, pediu nesta terça-feira o fim imediato da ofensiva militar nas regiões rebeldes pró-Rússia do sudeste da Ucrânia, informou o Kremlin. Além de Donetsk, Lugansk e a Crimeia também apoiam Moscou.

O pedido foi feito durante conversa telefônica com o pemiê da Itália, Matteo Renzi.

"Putin ressaltou a necessidade de se colocar um fim imediato à operação militar de castigo nas regiões do sudeste da Ucrânia e a iniciar um diálogo entre as autoridades de Kiev e os representantes regionais", afirmou o serviço de imprensa russo.

Também na terça (27), o primeiro-ministro da Ucrânia, Arseni Yatseniuk, disse que Kiev só negocia com a Rússia se União Europeia e EUA participarem das conversas. "Nas atuais condições, as negociações bilaterais com a Rússia sem a presença dos EUA e da UE não são possíveis", disse.

O presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou que pretende se reunir na próxima semana com Petro Poroshenko, presidente eleito da Ucrânia.


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