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No Egito, Justiça proíbe teste de virgindade em manifestantes Problema veio a público após prisão de mulheres na praça Tahrir
A Justiça do Egito determinou ontem que a junta militar que governa o país deixe de fazer testes de virgindade em mulheres presas pelas Forças Armadas. Os testes, feitos sobretudo por médicos homens, vieram a público depois que manifestantes presas em confrontos na praça Tahrir em março foram submetidas a eles. Segundo a organização Human Rights Watch, sete mulheres foram submetidas à prática. Apenas uma delas Samira Ibrahim, 25, entrou com ações na Justiça -uma delas pedindo a abolição da prática e outra acusando um militar de abuso sexual. Autoridades disseram na época que as mulheres eram testadas por "compartilharem barracas com homens". O exame serviria ainda como uma tentativa do Exército de se eximir de eventuais acusações de estupro feitas por manifestantes detidas. A Justiça considerou que os testes de virgindade são "uma violação dos direitos das mulheres e uma agressão contra sua dignidade". A decisão foi uma das raras vezes em que a Justiça civil interveio em uma prática militar. A manifestação judicial aconteceu uma semana após a divulgação internacional de imagens nas quais soldados pisoteiam uma manifestante mulher, arrastam-na pelos cabelos e depois a abandonam seminua. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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