Índice geral Mundo
Mundo
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

No Egito, Justiça proíbe teste de virgindade em manifestantes

Problema veio a público após prisão de mulheres na praça Tahrir

Filippo Monteforte/France Presse
No Cairo, demonstração pública contra testes de virgindade feitos em prisioneiras no país
No Cairo, demonstração pública contra testes de virgindade feitos em prisioneiras no país

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Justiça do Egito determinou ontem que a junta militar que governa o país deixe de fazer testes de virgindade em mulheres presas pelas Forças Armadas.

Os testes, feitos sobretudo por médicos homens, vieram a público depois que manifestantes presas em confrontos na praça Tahrir em março foram submetidas a eles.

Segundo a organização Human Rights Watch, sete mulheres foram submetidas à prática. Apenas uma delas Samira Ibrahim, 25, entrou com ações na Justiça -uma delas pedindo a abolição da prática e outra acusando um militar de abuso sexual.

Autoridades disseram na época que as mulheres eram testadas por "compartilharem barracas com homens".

O exame serviria ainda como uma tentativa do Exército de se eximir de eventuais acusações de estupro feitas por manifestantes detidas.

A Justiça considerou que os testes de virgindade são "uma violação dos direitos das mulheres e uma agressão contra sua dignidade". A decisão foi uma das raras vezes em que a Justiça civil interveio em uma prática militar.

A manifestação judicial aconteceu uma semana após a divulgação internacional de imagens nas quais soldados pisoteiam uma manifestante mulher, arrastam-na pelos cabelos e depois a abandonam seminua.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.