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Coreia do Norte anuncia "líder supremo"

Kim Jong-un, filho do ditador morto Kim Jong-il, é proclamado novo dirigente do país em ato em Pyongyang

No mesmo dia em que é feito o anúncio, EUA informam que diplomata irá à Ásia discutir nova situação

KCNA/Associated Press
Milhares de pessoas participam da última cerimônia do funeral do ditador norte-coreado Kim Jong-il em Pyongyan; filho do dirigente foi declarado oficialmente como seu sucessor
Milhares de pessoas participam da última cerimônia do funeral do ditador norte-coreado Kim Jong-il em Pyongyan; filho do dirigente foi declarado oficialmente como seu sucessor

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Militares da Coreia do Norte proclamaram, ontem, como "líder supremo" do país o filho e sucessor de Kim Jong-il, Kim Jong-un. O anúncio oficial foi feito ao fim de uma cerimônia em homenagem ao dirigente militar morto no último dia 17, que durou dois dias.

A solenidade ocorreu na praça Kim Il-sung, em Pyongyang, capital da Coreia do Norte, diante de milhares de civis e militares, segundo imagens transmitidas pela TV estatal do país.

Durante um discurso, o presidente da Assembleia Popular Suprema norte-coreana, Kim Yong-nam, declarou que Kim Jong-un, que se estima ter entre 28 e 30 anos, "é o líder supremo de nosso partido e do Exército. Ele herdou a inteligência, a liderança, o caráter, o senso moral e os valores de Kim Jong-il".

Vários comandantes militares estavam presentes no palanque, incluindo o chefe do Estado-Maior, Ri Yong-ho, e o ministro das Forças Armadas, Kim Yong-chun.

A solenidade encerrou o luto nacional de 13 dias em memória de Kim Jong-il, dirigente do país durante 17 anos.

A cerimônia fúnebre começou na última quarta-feira, quando foi organizado um cortejo diante de milhares de pessoas na capital do país.

O funeral durou cerca de três horas e percorreu 40 km pelas ruas de Pyongyang, mas nem Jong-un nem as demais lideranças participaram de todo o evento, que teve seu início adiado por quatro horas devido às fortes nevascas.

A reação dos norte-coreanos à morte de antigo líder era impressionante. Antes mesmo de ver o caixão, muitos choravam copiosamente.

Algumas pessoas também pareciam mais bem alimentadas que a média do país, pondo em dúvida a autenticidade das manifestações.

Centenas de milhares de pessoas morreram de fome nos 17 anos da ditadura de Jong-il, e agências da ONU calculam que um quarto da população precisa de ajuda alimentar.

Ontem, foi anunciado que, na próxima semana, o diplomata norte-americano Kurt Campbell visitará a China, a Coreia do Sul e o Japão para discutir a evolução da situação geopolítica depois da morte de Kim Jong-il.

Na última semana, os Estados Unidos declararam que esperam trabalhar com a Coreia do Norte após o período de luto.

O Departamento de Estado também sinalizou que havia feito contatos telefônicos por meio da missão norte-coreana na ONU.

Para a comunidade internacional, uma das prioridades é a retomada das conversas para desativar os programas nucleares em troca de ajuda energética e alimentar.

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