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Edição histórica de 'Charlie Hebdo' começa a ser vendida no Brasil
DE SÃO PAULO - A primeira edição do semanário satírico francês "Charlie Hebdo" depois do atentado terrorista que deixou 12 mortos na sede do jornal em 7 de janeiro, em Paris, começou a ser vendida nesta quinta-feira (29) em bancas de jornais no Brasil.
A publicação, original em francês, é vendida por R$ 29,90 --na França, o jornal custa € 3 (R$ 8,75).
Uma funcionária de uma banca na praça Vilaboim, no bairro de Higienópolis (região central de São Paulo), informou que recebeu dez exemplares do periódico por volta das 10h. Minutos depois, restava apenas um.
Uma tiragem de cerca de 7 milhões de cópias foi programada para a chamada "edição dos sobreviventes", superando em muito os habituais 60 mil exemplares.
Quando foi lançada na França, no último dia 14, houve uma corrida às bancas de jornais. A enorme procura acabou gerando muitas filas para quem desejava comprar exemplares do semanário satírico. As cópias se esgotaram em poucos minutos.
A publicação apresenta charges e textos publicados anteriormente pelos cartunistas e jornalistas que morreram no atentado. Outras páginas fazem uma sátira com jihadistas.
A capa da edição mostra uma caricatura de Maomé chorando e segurando um cartaz com a frase "Je Suis Charlie" (Eu Sou Charlie) sob a manchete "Tout est pardonné" (Tudo está perdoado), em referência ao atentado.