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Lugo rejeita "justiça pelas próprias mãos" em conflito Presidente paraguaio diz que solução de pendências agrárias cabe ao Judiciário DE SÃO PAULOO presidente do Paraguai, Fernando Lugo, pronunciou-se ontem sobre o conflito agrário na área rural de Ñacunday, departamento (Estado) do Alto Paraná. O texto, lido em Assunção pelo chefe de gabinete Miguel López Perito, reafirma que cabe ao Poder Judiciário dirimir as dúvidas que existam sobre a propriedade da terra e "rechaça toda ideia de justiça pelas próprias mãos". A disputa pelas terras no Alto Paraná, área de cultivo de soja (principal item da pauta de exportações do Paraguai), opõe de um lado sem-terra e de outro fazendeiros -na maioria, oriundos do Brasil e estabelecidos no país há 30 ou 40 anos. Os sem-terra afirmam que os "brasiguaios" não possuem registro das terras que exploram, cujo verdadeiro proprietário seria a União. Os fazendeiros dizem ter documentos comprobatórios da compra das propriedades. Com o comunicado de ontem, o governo enviou vários avisos. Para os sem-terra: de que não será o Poder Executivo quem resolverá a pendência sobre a propriedade. Em letras maiúsculas, o comunicado da Presidência adverte que "não executará disposições fora de sua competência que enfraqueçam o Estado de Direito". Desde o início da atual fase desse conflito, há 15 dias, os sem-terra repetem que esperam de Lugo, a quem ajudaram a se eleger, uma decisão a seu favor. Aos fazendeiros Lugo avisou que pretende prosseguir com a medição, a delimitação e o inventário das terras em disputa. Segundo o comunicado, medir as terras é diferente de decidir os direitos sobre elas. Texto Anterior | Índice | Comunicar Erros |
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