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Comercial atrai críticas por teor pró-governo LUCIANA COELHODE WASHINGTON Era para ser só outra final de campeonato, com os New York Giants vencendo o New England Patriots pela taça do futebol americano, a TV NBC lucrando com o intervalo comercial mais caro do ano e 111 milhões atentos às jogadas do marido de Gisele Bündchen. Virou política. Dois dias após o Super Bowl, no domingo, jornais, TVs e o Twitter ainda ecoavam um comercial da montadora Chrysler -com o ator e diretor Clint Eastwood- visto como pró-Barack Obama em plena temporada eleitoral. O "Wall Street Journal" indagava: "O anúncio é pró-Obama?". O estrategista republicano Karl Rove cutucava na também conservadora Fox News: "Funcionários do governo alertavam para o anúncio no Twitter como se fosse apoio a seu candidato". O comercial, dois minutos de apelo emocional, intercala o ícone da masculinidade dizendo que os EUA vão "virar o jogo" a cenas de Detroit, símbolo da decadência (e agora da retomada) da indústria automotiva nos EUA. "É intervalo na América, e o segundo tempo vem aí", diz Clint. A alusão é à economia, mas é inevitável pensar na reeleição de Obama. Executivos da montadora negaram o teor político. Tão logo o comercial foi exibido, porém, o porta-voz da Casa Branca e o estrategista de Obama em 2008, David Axelrod, o elogiavam no Twitter. Eastwood, que foi prefeito de Carmel (Califórnia), alinha-se mais aos republicanos -em 2008, apoiou John McCain. Sua relação com Detroit vem de "Gran Torino" (2009), que se passa na cidade. O valor que teria custado o spot também alimentou o debate. A Chrysler se beneficiou da injeção de verba federal que freou o colapso das montadoras em 2009. Recentemente, governo e indústria têm promovido Detroit como retrato da retomada, organizando até viagens de jornalistas para mostrar como vai a recuperação. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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