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Hotéis de Nova York vão fornecer botão antipânico às camareiras

Em 2011, ex-chefe do FMI foi acusado de assédio por arrumadeira

PATRICK MCGEEHAN
DO “NEW YORK TIMES”

Os operadores dos maiores hotéis de Nova York assinaram um novo contrato de trabalho com o seu pessoal de serviço a hóspedes que resultará em aumentos de salário, planos médicos superiores e um benefício incomum: botões antipânico pessoais.

Esse sistema permitirá que o funcionário solicite socorro caso encontre perigo no quarto de um hóspede -possibilidade demonstrada quanto uma camareira acusou o francês Dominique Strauss-Kahn (então diretor-gerente do FMI) de agressão sexual na suíte que ele ocupava no Sofitel Hotel de Nova York, em 2011.

Uma cláusula do novo contrato determina que os hotéis equipem certos funcionários com "aparelhos portáteis que possam ser ativados de maneira rápida e fácil para buscar assistência imediata".

Os aparelhos, que passarão a ser distribuídos dentro de um ano a camareiras, pessoal de serviço de quarto e até a repositores de frigobar, podem variar de hotel a hotel por motivos técnicos.

"É uma maneira simples de manter seguros os funcionários dos hotéis", diz Rory Lancman, vereador democrata por Queens que, no ano passado, apresentou um projeto de lei que determinava que os hotéis deveriam fornecer esse equipamento.

Nem representantes de sindicatos nem dos hotéis quiseram afirmar que a cláusula é resultado do caso Strauss-Kahn, que terminou em agosto com a retirada das acusações apresentadas contra ele, depois que os promotores decidiram que a acusadora não era testemunha confiável.

Os botões antipânico podem se provar a menos dispendiosa das cláusulas do novo contrato coletivo, que incluirá aumentos anuais que elevarão os salários em 29% em seu período de vigência.

Tradução de PAULO MIGLIACCI

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