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Obama apoia médico para Banco Mundial Nascido na Coreia do Sul e criado nos EUA, Jim Yong Kim é favorito para o cargo, tradicional reduto dos americanos Reitor de universidade, ele disputa com nomes de Colômbia e Nigéria; Brasil não anuncia quem deverá apoiar LUCIANA COELHODE WASHINGTON O presidente dos EUA, Barack Obama, indicou ontem o médico e reitor do Dartmouth College, Jim Yong Kim, nascido na Coreia do Sul e criado nos EUA, para suceder Robert Zoellick no comando do Banco Mundial, em junho. O comando da instituição em Washington, que desde sua fundação vai para um americano, será disputado também pela ministra das Finanças da Nigéria, Ngozi Okonjo-Iweala, e pelo ex-ministro colombiano e professor da Universidade Columbia José Antonio Ocampo. "O líder do Banco Mundial deve ter compreensão profunda do papel do desenvolvimento no mundo e da importância de criar condições para que a assistência não seja mais necessária", disse Obama ao fazer o anúncio. "É hora de um profissional do desenvolvimento liderar a maior agência de desenvolvimento do mundo." O nome de Kim foi mantido em sigilo até minutos antes do anúncio e não passava no radar nem da imprensa nem de diplomatas e analistas em Washington. Mais citados eram o ex-reitor de Harvard e ex-conselheiro de Obama, Lawrence Summers, figura controversa, e da representante americana na ONU, Susan Rice. O economista americano Jeffrey Sachs, indicado por países africanos sem o aval dos EUA, desistiu em favor do escolhido de Obama. "O chamado do presidente Obama é premente, mas o prospecto de deixar Dartmouth é duro neste momento", disse Kim em nota. "Ainda assim, se o conselho-diretor do Banco Mundial me eleger, abraçarei esta responsabilidade." O novo presidente deve ser escolhido pelo conselho e anunciado no final de abril, na reunião semestral do Banco Mundial e de sua instituição-irmã, o FMI. ACORDO A expectativa, porém, é que o acordo tácito entre americanos e europeus, que sempre entrega a direção do Bird aos primeiros e do Fundo aos últimos, persista e Kim seja escolhido, apesar da crescente grita iniciada pelos países emergentes que já ecoa mesmo nos EUA. O Brasil tem sido ativo em defender a candidatura de um representante de país em desenvolvimento que rompesse a hegemonia dos EUA. Ontem, como titular da cadeira que representa também Bogotá e outros oito países da região, o brasileiro Rogério Studart apresentou o nome de Ocampo -apesar de Bogotá dizer antes que não apoiaria seu ex-ministro. Studart afirmara à Folha, anteontem, que não contrariaria a Colômbia e que o Brasil deveria apoiar a nigeriana Okonjo-Iweala. Procurado para comentar as indicações ontem, o Ministério da Fazenda afirmou que ainda não fez sua opção. Colaborou a Sucursal de Brasília Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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