Paquistanês é condenado por entregar Bin Laden

Um médico paquistanês recrutado pela CIA para ajudar na busca por Osama bin Laden, morto no norte do Paquistão em 2011, foi condenado ontem a 33 anos de prisão por traição numa região tribal do país, provocando duras críticas dos EUA.

O cirurgião Shakeel Afridi, que foi demitido do governo há dois meses, foi considerado culpado pelo sistema de justiça tribal do distrito de Khyber por ter criado uma falsa campanha de vacinação em Abbottabad, a cidade onde Bin Laden estava escondido com mulheres e filhos.

O objetivo do médico era conseguir uma amostra de DNA da família do terrorista.

Afridi é a primeira pessoa a ser condenada por autoridades paquistanesas por ligação com a operação contra Bin Laden -realizada unilateralmente pelos EUA. Autoridades americanas pediram, sem sucesso, que ele fosse perdoado. Em caso de apelação, a decisão do tribunal tribal será analisada por cortes de direito comum do país.