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Supervírus de espionagem afeta países do Oriente Médio Agência da ONU alerta governos para a proteção de infraestrutura Vírus Flame foi achado recentemente no Irã e seria mais poderoso do que aquele que afetou a central nuclear do país DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIASUma agência das Nações Unidas cuja missão é ajudar os países-membros da organização a proteger sua infraestrutura nacional planeja fazer um alerta grave sobre o risco do vírus Flame, descoberto recentemente no Irã e em outras regiões do Oriente Médio. "Trata-se do alerta de computação mais sério que já fizemos", disse Marc Obiso, coordenador de segurança cibernética da UIT (União Internacional de Telecomunicações), agência da ONU sediada em Genebra. O alerta informará os países membros de que o vírus Flame é uma perigosa ferramenta de espionagem que poderia ser usada para atacar infraestrutura essencial, declarou ele em entrevista. Os indícios sugerem que o vírus pode ter sido criado para uso do mesmo país ou países que promoveram a criação do Stuxnet, que atacou o programa nuclear iraniano dois anos atrás. A avaliação é da Kaspersky Lab, empresa russa de segurança na computação que assumiu o crédito pela descoberta das infecções. "Creio que seja uma ameaça muito mais séria que o Stuxnet", disse Obiso. Ele afirmou que a UIT deve estabelecer programa para acompanhar a difusão do vírus. A Kaspersky Lab anunciou que havia identificado a infecção pelo Flame depois que a UIT solicitou que a empresa investigasse recentes alegações de Teerã de que um vírus misterioso havia causado perdas graves de dados em sistemas de computadores. COMPLICADO O Flame é "provavelmente o vírus mais complexo que já vimos", diz à Folha Kevin Haley, porta-voz de segurança da empresa de antivírus Norton. Por complexo, ele se refere ao tamanho e detalhamento do código -sinal, diz, de que foi desenvolvido por um governo, e não por amadores. "Seriam necessários engenheiros habilidosos", diz. "É possível que tenha sido criado por hobby. Mas não vejo uma motivação para isso." Haley nota, porém, que a complexidade não significa perigo para usuários em geral. Ao que tudo indica, o Flame vem sendo usado desde 2010 para espionar sistemas específicos no Oriente Médio. Tradução de PAULO MIGLIACCI Colaborou DIOGO BERCITO, de São Paulo Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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