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Análise

Lugar do país na zona do euro não foi resolvido definitivamente

NILS PRATLEY
DO “GUARDIAN”

Não há certeza de que um novo governo liderado pelo Nova Democracia possa sobreviver muito tempo na Grécia. A vitória de um partido pró-resgate poderá acalmar os nervos dos mercados. Mas muito dependerá da força do governo.

O maior partido, Pasok, viu seus votos caírem ontem. Mesmo em parceria com o Nova Democracia, teria base fraca para conseguir cortes radicais nos gastos governamentais. Um membro adicional pode ser necessário para fortalecer sua autoridade. Aconteça o que acontecer, Syriza irá manter voz forte na política grega.

Isso não soa como uma fórmula para convencer a zona do euro de que os termos de resgate puderam ser cumpridos. O espaço para Berlim ou Bruxelas para ajudar a coligação do Nova Democracia também parece limitado.

Analistas consideram que o prazo para cortes do governo poderá ser prorrogado, mas isso exigiria um giro de 180º para uma abordagem mais suave sobre reformas previdenciárias, privatizações e tamanho dos cortes. Por outro lado, líderes da zona do euro estarão desesperados para evitar qualquer impressão de que engenham a saída da Grécia.

Em meio à incerteza, as atenções se voltarão para os poupadores gregos. Uma pesquisa pré-eleitoral do Royal Bank of Scotland previu que o primeiro efeito de novas pesquisas seria a perda de mais depósitos dos bancos da Grécia.

Se houver essa corrida, os bancos teriam de se voltar para um maior apoio do BC europeu, que já está mantendo o sistema vivo. Porém, os bancos gregos já são baixos em garantia e o BCE não está autorizado a financiar aqueles considerados insolventes.

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