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Novo presidente já pediu canhão e arquivo ao Brasil

DE SÃO PAULO

Luís Federico Franco Gómez, vice de Fernando Lugo e agora presidente do Paraguai, fará 50 anos daqui a exatamente um mês. É médico cirurgião e já estava de olho no mandato desde pelo menos outubro de 2010, quando Lugo detectou um câncer linfático que colocou a sua vida em risco.

"Não estive de acordo com o presidente em muitas decisões de governo porque fui eleito igual a ele, mas ele acabou me ignorando", dizia anteontem, em meio à abertura do processo de impeachment.

Os atritos, porém, já vinham de antes até da campanha eleitoral, em 2007, pois a ideia de Franco era sair como cabeça de chapa representando só o seu partido, o PLRA.

Há menos de dois anos, por exemplo, ele acusou Lugo de ter feito mudanças "ilegais e inconstitucionais" na cúpula das Forças Armadas do país, graças a uma ordem não assinada pelo então presidente enquanto estava internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, por complicações do tratamento do câncer. Na ocasião, Franco exercia a Presidência.

Concorrente de Franco nas prévias do PLRA, o ex-senador Carlos Mateo Balmelli declarou que foi vencido devido a uma manobra. Chegou a chamá-lo de "Fraude-rico".

Em março de 2010, durante discurso aos 140 anos do fim da Guerra do Paraguai, Franco exigiu do Brasil a devolução de um suposto arquivo militar e do canhão "Cristão", atualmente em exibição no Rio, para "cicatrizar as feridas do povo paraguaio".

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