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Turquia posiciona tropas na fronteira com a Síria

Rússia diz que não irá aceitar um plano que peça a saída do ditador Bashar Assad

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Turquia posicionou lançadores de foguete e equipamento antiaéreo na fronteira com a Síria, ontem, sinalizando aumento da tensão na região. Colunas de veículos militares turcos também foram vistas movimentando-se.

O endurecimento da posição turca se deve ao avião que a Síria abateu na semana passada. O regime do ditador Bashar Assad diz que o caça estava em espaço aéreo sírio. A Turquia diz que era espaço aéreo internacional.

O dia foi marcado por tensão também devido à explosão de bombas em Damasco, diante do Palácio da Justiça. O governo diz que o ataque foi obra de "terroristas" e que três pessoas ficaram feridas.

Em entrevista, ontem, o ditador disse que "ninguém além de nós sabe como resolver o problema [sírio]", descartando a possibilidade de aceitar intervenção externa.

Amanhã, em Genebra, se reúnem ministros do Exterior dos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU. O encontro foi convocado por Kofi Annan, enviado especial da organização.

As Nações Unidas devem propor a criação de um governo de união nacional incluindo a oposição e o regime.

Não está claro se a saída de Assad será sugerida -o que pode dificultar as negociações, já que a oposição não aceita um governo de transição que inclua o ditador.

Agências de notícia haviam informado, anteontem, que a Rússia dava sinais de ter a intenção de apoiar o plano da ONU. Ontem, porém, o país esclareceu sua posição.

Serguei Lavrov, ministro das Relações Exteriores, afirmou que a Rússia "não apoia e não pode apoiar qualquer tipo de mediação externa e a imposição de receitas".

Dessa maneira, a Rússia somente concordaria com um plano que envolva a saída de Assad caso essa proposta tenha o apoio de todos os lados envolvidos, em vez das potências internacionais.

A Rússia tem interesses claros na Síria, uma vez que vende armas para esse país e usa a base naval de Tartus.

Hillary Clinton, secretária de Estado dos EUA, chegou ontem à Rússia para pressionar o país a aceitar o plano que será proposto pela ONU.

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