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Pequim corta taxa pela segunda vez em um mês

DE PEQUIM

O banco central chinês surpreendeu analistas ontem ao cortar as taxas de juros pela segunda vez em um mês, em mais um sinal de que a segunda economia mundial não cresce no ritmo desejado.

Com a segunda redução consecutiva de 0,25 ponto percentual, a taxa referencial de um ano cai para 6%. Antes desses cortes recentes, os juros não caíam desde 2008.

"Tanto as economias desenvolvidas quanto em desenvolvimento estão mais fracas do que o esperado, fazendo com que os bancos centrais relaxem suas políticas", disse Ba Shusong, economista do Centro de Desenvolvimento de Pesquisa, ligado ao Conselho de Estado (gabinete chinês).

Nos últimos meses, a economia chinesa tem registrado uma desaceleração mais brusca do que o esperado.

Índices como produção industrial e consumo de energia fizeram o governo acelerar medidas de estímulo, que incluem a redução do depósito compulsório bancário.

O governo chinês vem anunciando a necessidade de mudanças na economia, estimulando mais o consumo e diminuindo a participação de investimentos. Mas reformas mais profundas terão de esperar a transição na cúpula do Partido Comunista, que deve acontecer em outubro.

O Banco Mundial estima que o crescimento do PIB chinês deste ano ficará em torno de 8,2%, contra uma média próxima aos 10% nas últimas três décadas.

Desde 2009, a China é o principal parceiro comercial do Brasil, com compras concentradas em commodities.

(FABIANO MAISONNAVE)

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