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Dianteira de Chávez é de 15 pontos a três meses da votação

Taxa de indecisos, de 23%, é ainda maior do que a vantagem do presidente venezuelano, diz instituto

Só 17,8% acreditam que saúde do presidente, que afirma estar 'livre' do câncer, pode ser um complicador até o pleito

DE SÃO PAULO

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, mantém confortável vantagem a menos de três meses das eleições presidenciais de 7 outubro.

Segundo o respeitado instituto Datanálisis, o esquerdista está 15 pontos à frente do candidato opositor, Henrique Capriles Radonski.

Chávez, no poder desde 1999, tem 46,3% dos votos, contra 30,8% de Capriles, num levantamento feito entre 14 e 23 de junho.

O instituto chama atenção para a alta taxa de indecisos, que chega a 23% e é superior à vantagem do presidente. O índice vem caindo: era 29%.

Para o diretor do Datanálisis, Luis Vicente León, entre os pontos fortes do presidente está sua estratégia para lidar com o câncer, que revelou ter em 2011 e do qual diz estar totalmente "livre".

Chávez não divulgou diagnóstico preciso sobre a doença, mas o tema gera baixa incerteza: apenas 17,8% dos entrevistados acreditam que a situação de saúde do esquerdista pode piorar até outubro.

León também aponta o apelo da bandeira de campanha de Chávez, o programa "Gran Misión Vivienda". Um terço da população disse ter se inscrito no "Minha Casa, Minha Vida" venezuelano.

A porcentagem de esperança é alta: 43% esperam receber algo ainda neste ano.

A expectativa é alimentada a cada semana, na "Quinta da Casa Própria", quando ministros distribuem as casas do programa, muitas já mobiliadas, na TV estatal.

A ofensiva de campanha virtual contra Capriles, 40, que aposta no corpo-a-corpo com o eleitor, usa celulares.

Na sexta, o governo lançou sistema para distribuir seus tuítes até para quem não tem internet ou telefone inteligente. Quem se inscrever na página da campanha receberá as mensagens via SMS.

Seguido por mais de 3 milhões de usuários, Chávez usa o Twitter para difundir o que a equipe do marqueteiro brasileiro João Santana prepara para ele.

"Ratifico meu amor infinito", tuitou, antes do link de seu jingle de campanha, um reggae estilo chiclete que "cita" um grito chavista clássico: Uh! Ah! Chávez no se va!".

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