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Regime sírio reforça ofensiva pelo controle de Aleppo

Ativistas e comunidade internacional esperam há dias a apelidada "mãe de todas as batalhas" nessa cidade

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Recomeçou na manhã de ontem a batalha pelo controle de Aleppo, conforme tropas leais ao ditador sírio, Bashar Assad, atacaram redutos rebeldes. Foi uma das ações mais violentas desde que a insurgência capturou partes da maior cidade da Síria, há três semanas.

Desde então, ativistas sírios e a comunidade internacional têm aguardado com apreensão pela apelidada "mãe de todas as batalhas".

A rede de televisão estatal síria relata que as forças do regime entraram no bairro de Salahadin, foco da insurgência em Aleppo, e mataram boa parte dos rebeldes ali.

Repórteres da agência de notícias Reuters notam que os postos de controle da insurgência na região desapareceram, dando indícios do recuo da oposição. Devido a informações estratégicas de desertores do Exército, insurgentes já estavam cientes que haveria uma ofensiva ontem.

Abu Muhammad, porta-voz dos rebeldes, afirma porém que as forças da ditadura ainda não tomaram o bairro de Salahadin por completo.

Um ativista do Exército Livre da Síria que não quis divulgar seu nome às agências conta que a insurgência se concentra agora em Saif al Dawla, um bairro vizinho.

A tomada de Aleppo, centro comercial da Síria, é vista como essencial para o sucesso da repressão de Assad.

Anteontem, o regime sírio sofreu um golpe moral ao ver Riyad Hijab, primeiro-ministro do país, desertar após dois meses de cargo. Ontem, foi confirmada sua entrada na Jordânia com a família.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, com base em Londres, afirma que mais de 60 pessoas morreram ontem, incluindo 15 em Aleppo.

A Anistia Internacional divulgou imagens mostrando mais de 600 crateras em Aleppo e arredores, provavelmente abertas por artilharia.

Ontem, o Ministério do Exterior iraniano disse que parte dos 48 iranianos capturados por rebeldes sírios era formada por são soldados aposentados da Guarda Revolucionária. Porém, segundo a versão oficial de Teerã, eles estavam na Síria para peregrinar, e não em missão.

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