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Banco da Inglaterra prevê um crescimento menor até 2014

Estimativa é que o PIB avance cerca de 2% nos próximos dois anos

DE LONDRES

O Banco da Inglaterra (banco central do país) reduziu ontem sua previsão de crescimento do Reino Unido pelos próximos dois anos -o que mostra que a crise e a recessão são maiores e mais duradouras do que as autoridades esperavam.

O comitê de política monetária da instituição estima que o país crescerá cerca de 2% nos próximos dois anos. Há três meses, a previsão de crescimento era de 2,7% do PIB (Produto Interno Bruto).

Para 2012, o órgão avalia que haverá estagnação econômica, ante previsão anterior de crescimento de 0,7%. O país enfrenta retração há três trimestres consecutivos.

O presidente do banco, Mervyn King, aproveitou o período dos Jogos Olímpicos para fazer uma comparação com a situação financeira do país: "Diferentemente dos atletas olímpicos que nos empolgaram, nossa economia ainda não atingiu a plena forma, mas está lentamente se recuperando".

Para King, a delegação britânica serve de inspiração para a economia local: "Eles nos mostraram a importância do compromisso total ao tentar atingir um objetivo que está a alguns anos de distância".

Segundo o presidente do banco, a crise dos títulos de dívida pública na zona do euro prejudica muito a atividade econômica britânica, e ninguém sabe prever por quanto tempo ela continuará. Isso cria uma "nuvem negra de incerteza" sobre decisões de investimento no país.

King também criticou o comportamento das autoridades americanas na investigação sobre o banco britânico Standard Chartered, acusado de lavar mais de US$ 250 bilhões em negócios do Irã. King sugeriu que declarações públicas sobre o caso fossem evitadas até que as transações sejam esclarecidas.

ALEMANHA

A agência de classificação de riscos Fitch confirmou ontem que a Alemanha segue com nota máxima (triplo A) em seus títulos de dívida pública e que não há riscos de rebaixamento a curto prazo.

O órgão alemão de estatísticas divulgou dados que mostram que até o país mais forte do continente já é afetado pela crise da zona do euro.

As exportações sofreram queda de 1,5% em junho, sinal de redução de mercado em países mais frágeis e que consumiam seus produtos.

A produção industrial na Alemanha caiu 0,9% no mesmo período.

(RODRIGO RUSSO)

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