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Para EUA, Assange quer abafar acusação sexual

Criador do site WikiLeaks está abrigado na embaixada do Equador no Reino Unido

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
DE BRASÍLIA

Os EUA acusaram ontem o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, de fazer "declarações absurdas" para tentar "desviar a atenção" das acusações de crime sexual feitas contra ele na Suécia.

Assange, na Embaixada do Equador em Londres há dois meses, acusou anteontem o governo Barack Obama de promover "caça às bruxas" contra o site, que vazou papéis secretos dos EUA.

"Ele não está sendo perseguido aqui", disse Victoria Nuland, porta-voz do Departamento de Estado, que se recusou a comentar se a Justiça americana prepara ação contra Assange.

Os defensores do ativista, que recebeu asilo diplomático do Equador no dia 16, dizem que seu traslado à Suécia seria só um passo para enviá-lo aos EUA.

Ontem, o chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, disse que voltará a negociar o caso Assange com o Reino Unido se o país retirar "oficialmente" a ameaça de que poderia invadir a Embaixada do Equador em Londres.

Mais cedo, o governo britânico reiterou que não dará salvo-conduto para que Assange viaje ao Equador, mas disse buscar "solução diplomática" para o problema.

Na semana passada, Londres advertiu o Equador de que poderia revogar o status diplomático de sua embaixada usando uma lei britânica. Depois, o governo disse que a intenção só era elucidar aspectos "dos quais o Equador deveria estar ciente".

A ameaça provocou respaldo da Unasul (União das Nações Sul-Americanas) ao Equador, que busca o mesmo na OEA (Organização dos Estados Americanos).

"O Equador decidiu de maneira soberana, sem consultar ninguém, e está no direito deles. Está previsto na Constituição equatoriana, como está na nossa", disse o embaixador Antonio Simões, subsecretário-geral para as Américas do Sul e Central e Caribe, e representante do Brasil na reunião da Unasul.

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