Índice geral Mundo
Mundo
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Suíça continua entre os maiores santuários fiscais

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM BRUXELAS E PARIS

Atletas consagrados, artistas, empresários ou herdeiros de grandes fortunas francesas encontraram na Suíça um santuário fiscal, com estabilidade política e econômica.

Sem taxação de grandes fortunas e com uma legislação amistosa para a sucessão de heranças, a Suíça vem atraindo cada vez mais franceses donos de contas bancárias estratosféricas.

"Há uma diferença de perfil de expatriados franceses: pessoas ricas vão para a Bélgica, mas as grandes fortunas mesmo migram para a Suíça", afirmou o advogado Philippe Kenel, especialista no assunto.

O ex-piloto de F-1 Alain Prost mudou-se para o país ainda em 1983, ano seguinte à criação do imposto sobre fortunas em sua terra natal. Foi um dos primeiros.

A diáspora fiscal inclui desde fortunas antigas, como a de Benjamin Rothschild, herdeiro da dinastia de banqueiros que se instalou em Paris no século 19, a gente que fez muito dinheiro no show business.

Entre as celebridades com domicílio fiscal no pequeno país alpino estão os cantores Charles Aznavour e Johnny Hallyday e o ator Alain Delon. O galã do cinema francês dos anos 60 naturalizou-se suíço em 1999.

Não existe uma estimativa de quantos franceses se mudaram para a Suíça por razões fiscais, mas o número é crescente.

No ano 2000, o ranking elaborado pela revista econômica "Bilan" contabilizava apenas 17 famílias francesas entre as 300 maiores fortunas suíças. Dez anos depois, os franceses na lista dos "300 mais" já eram 44.

(GRACILIANO ROCHA)

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.