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Paquistão pede morte de autor de filme

Ministro oferece recompensa pela eliminação do responsável por "Inocência dos Muçulmanos", que satiriza Maomé

Na Líbia, milícia acusada de envolvimento na morte de embaixador americano é expulsa da cidade de Benghazi

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O ministro das Ferrovias do Paquistão, Ghulam Ahmad Balor, ofereceu uma recompensa de US$ 100 mil (R$ 200 mil) pela morte do responsável pelo filme norte-americano "Inocência dos Muçulmanos", que é apontado como estopim de uma onda de manifestações em mais de 20 países árabes e muçulmanos.

Ele afirmou à agência de notícias Associated Press que "pagaria a recompensa do próprio bolso".

No Paquistão, 19 pessoas morreram anteontem em confrontos com a polícia em protestos contra o filme, que foi produzido nos Estados Unidos e satiriza a figura do profeta Maomé.

Por causa da violência, países como Brasil, EUA e França decidiram fechar as suas representações diplomáticas no Paquistão.

Também ontem, policiais prenderam na cidade de La Rochelle, no oeste da França, um homem suspeito de ter sugerido a decapitação do editor do semanário "Charlie Hebdo", que publicou, na última quarta, charges com o profeta Maomé, principal símbolo do islamismo.

LÍBIA

Pelo menos 11 pessoas foram mortas e mais de 60 ficaram feridas em um dia de fortes protestos e violência na Líbia.

A milícia islâmica salafista Ansar al-Sharia foi expulsa da cidade de Benghazi, na manhã de ontem, após milhares de pessoas saírem às ruas em protesto contra os grupos armados que controlam partes do país depois de mais de um ano da queda do ditador Muammar Gaddafi.

A milícia teve seu quartel-general invadido e incendiado. Um porta-voz do grupo disse que a Ansar al-Sharia esvaziou suas bases em Bengazi para "preservar a segurança" na cidade.

Testemunhas em Derna (leste) disseram à Reuters que comandantes da Ansar al-Sharia e da milícia Abu Slim anunciaram o desmantelamento de suas forças e abandonaram cinco bases na região.

A Ansar al-Sharia tem sido ligada ao ataque ao consulado dos EUA em Benghazi, quando o embaixador Christopher Stevens foi morto. A milícia nega envolvimento.

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