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Dilma ignora pedido de Cameron para a redução de protecionismo

País 'tem feito a sua parte', diz presidente, após reunião com britânico

DE BRASÍLIA

A presidente Dilma Rousseff não deu indicativo público ao premiê britânico, David Cameron, de que eliminará ou atenuará medidas protecionistas sobre importações.

Essa demanda era um dos panos de fundo da primeira visita de Cameron ao país, mas foi ignorada por Dilma em sua declaração à imprensa, ontem, em Brasília.

Cameron foi ao Palácio do Planalto acompanhado de representantes de 50 empresas britânicas. Em entrevista à Folha, anteontem, ele disse que o protecionismo do Brasil "trará custos no futuro".

Repetindo a essência de seu discurso na Assembleia-Geral da ONU, na terça passada, em Nova York, Dilma afirmou que os estímulos econômicos internos representam um esforço do Brasil para ajudar na recuperação da economia internacional.

"O Brasil tem feito a sua parte, no que se refere à recuperação mundial, quando desenvolve incentivos ao crescimento do emprego e à demanda doméstica. E fiz ver ao primeiro-ministro que, em plena crise, temos aumentado as nossas importações", afirmou a presidente.

Dilma ainda citou dados do comércio entre os dois países, que apontam um crescimento de 10% entre 2010 e 2011, e disse que a maior parte disso refere-se a mercadorias exportadas pelo Reino Unido.

Cameron disse ter transmitido a Dilma a mensagem de necessidade de apoio à redução de protecionismos.

No Rio de Janeiro pela manhã, ele foi ao complexo da Maré, uma das favelas não pacificadas da cidade, visitar o projeto social Luta pela Paz.

Sem terno e com uma pequena comitiva, Cameron caminhou cerca de 200 metros do 22º Batalhão até a sede do projeto. A região foi cercada por policiais.

Colaborou a Sucursal do Rio

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