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Militares argentinos protestam após terem salários reduzidos

Governo admitiu erro e garantiu mais um mês sem os reajustes

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Cerca de 200 suboficiais da Marinha se juntaram aos protestos de policiais militares argentinos ontem, em Buenos Aires, contra uma medida que reduz seus salários.

Concentrados na frente da sede da Marinha, próxima ao bairro de Puerto Madero, os militares exigiam solução imediata para o impasse.

O próprio governo admitiu que a revisão, resultado da aplicação de um decreto de regularização salarial, pode ter sido consequência de um erro administrativo.

Em reação ao imbróglio, os chefes da Polícia e da Guarda Costeira renunciaram.

O chefe de gabinete do governo argentino, Juan Manuel Abal Medina, anunciou à imprensa que suspenderá a medida por um mês.

Ele também afirmou que abrirá uma investigação para apurar se os protestos foram manipulados por agentes do alto escalão, que estariam usando seus subalternos como massa de manobra para manter seus privilégios.

A maioria dos agentes de ambas as categorias ganha o salário mínimo, de 2.500 pesos (R$ 1.075), mas há oficiais com rendimentos de até 19 mil pesos, graças a complementos e manobras judiciais, diz o governo.

Segundo Abal, os salários do próximo mês ficarão sob responsabilidade dos Ministérios da Economia e da Segurança.

Os agentes da Guarda Costeira se concentraram na frente da sede da instituição em Buenos Aires, no bairro do Retiro.

Muitos deles seguravam seus holerites e denunciavam cortes de 30% a 60% nos recebimentos.

"Os agentes só vêm à manifestação quando finalizam seus turnos, e alguns chegam a ficar sem dormir", disse um participante do ato à agência de notícias France Presse.

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